quarta-feira, 19 de junho de 2013

Capítulo 27 - I love you, but I hate you so much!

Oi gente! Aqui vem mais um capitulo fresquinho! Espero que gostem :)
Antes que chegar ao capitulo 28 logo, eu gostaria de que voces visitassem um blog muito bom que é escrito pela Jeell. Aqui está o link : http://startofsomethinggoodniley2.blogspot.com.br/
Sigam e leiam! A fic é bem criativa e muito fofa!
Boa leitura :D
Paul Narrando


Busquei a papelada que estava sobre a mesa do meu escritório e guardei na minha pasta. Eu já tinha pedido para o motorista para se aprontar, pois eu já estava atrasado para uma reunião. Estávamos planejando instalar mais filiais no interior do país, que ultimamente, vem consumindo bastante, até mesmo artigos esportivos. Depois de descer as escadas, avistei meu filho mais velho na piscina acompanhado de mais uma moça desconhecida. Essas garotas são um perigo. Eu já avisei para ele para tomar cuidado. Não vou me surpreender se um dia uma delas aparecer grávida exigindo uma boa parte da minha fortuna para pensão. Pelo jeito, acho que Joe nunca vai tomar jeito...

Caminhei até a parte descoberta para trocar umas palavras com ele antes de sair. Ele interrompeu a conversa com a sua companhia na beira da piscina e veio até mim.

-Boa tarde, Sr. Jonas. – a moça cumprimentou animada. Animada até demais. Será que ela sabe que nunca terá um posto de minha nora com um homem como Joe?

-Boa tarde. - respondi educadamente, mas sem gastar a minha simpatia à toa.

-O que foi? – Joe perguntou com as mãos sobre o quadril.

-Eu tentei ligar para o seu irmão mais cedo, mas só dava fora de área. Por acaso você teve mais alguma notícia dele? Pelo menos eu quero saber quando que ele volta dessa viagem maluca que fez com a Miley.

-Acho que ele volta hoje mesmo, provavelmente de noite. – respondeu. – Eu liguei para ele ontem à noite. E fica tranqüilo, ele já está bem grandinho e sabe se virar.

-Tudo bem. Se Nicholas te ligar, pede para ele me dar um toque. – pedi.

-Ok. –sem esperar que eu dissesse mais alguma coisa, ele me deu as costas e voltou a conversar com a garota de biquíni.

Me lembrei que eu estava atrasado para a reunião. Fui até a saída, onde provavelmente meu motorista me espera. Coincidentemente, na mesma hora que eu estava prestes a entrar no carro e partir, um automóvel é autorizado pelos seguranças a entrar e para ao lado do meu BMW. Reconheço de imediato o homem que acabou de sair do carro. Era Tony, um amigo meu. Pela sua expressão, não trazia boas notícias.

-Tony, o que aconteceu? – levado pela curiosidade, fui logo ao ponto.

- Acho melhor conversarmos lá dentro. – ele disse enterrando suas mãos nos bolsos da calça. Pelo que me parece, a coisa é séria.

Não pensei duas vezes. Dane-se a reunião. Posso marcar e desmarcar a hora que eu bem quiser.

-Por favor, entre. - fiz um rápido gesto com a mão, para que ele adentrasse na casa primeiro. E assim ele fez.

John, o mordomo, o cumprimentou formalmente logo depois de abrir a porta. Meu amigo não fez cerimônia em sentar logo no sofá. Deixei a minha pasta sobre uma poltrona e me sentei a sua frente.

-Então, o que está havendo de tão sério? – perguntei apreensivo.

-Eu não sei como te contar isso, então eu vou ser direito. – ele respirou fundo. – O xerife Holmes foi assassinado.

Uma sensação estranha, um misto de surpresa, medo e decepção tomou conta do ambiente. Holmes está morto? Sei que parece ridículo pensar nisso, mas a única coisa que me veio à cabeça na hora foi nosso segredo sobre o que aconteceu em Tennessee. Não, não tem como isso estar relacionado à sua morte.

-E q-quando foi isso? - perguntei ainda perplexo.

-De acordo com a perícia, o mataram há uns três dias, aproximadamente.

-Quem foi o responsável?

-Ainda não se sabe. Ele foi encontrado baleado numa trilha deserta e não tinha pista nenhuma do assassino.

-Mas já suspeitam de alguém? – perguntei curioso.

Tony balançou a cabeça, um pouco decepcionado. – Ele é um policial, Paul. A variedade de suspeitos é imensa. Tudo que podemos fazer agora é para torcer que achem de algum modo esse infeliz.


Nicholas Narrando


Suas mãos pequenas e macias se espalmaram sobre o meu peito e me empurraram para longe de sua boca pecaminosa. Ela tinha me beijado! Até agora eu ainda não estou raciocinando direito sobre o que acabou de acontecer. Tomara que ela não sinta o meu coração pulsando forte contra a palma da sua mão. Talvez no fundo eu queira que ela sinta. Parece loucura, mas depois desse beijo... As coisas podem mudar. Até o comportamento dela hoje comigo estava diferente para melhor. Mas eu ainda não entendi o porquê dela interromper o beijo desse jeito. Ela me encarava com aqueles olhos azuis cristalinos bem abertos, parecendo desacreditada com o que acabou de fazer.

Ignorando a sua ação, eu levei os seus pulsos para baixo com cuidado e meus dedos se enroscaram nos seus. Me aproximei de novo para mais outro beijo. Eu estava pronto para sentir seus lábios de novo nos meus, mas a Miley virou o seu rosto, evitando a minha boca.

-Eu não quero mais. Foi um erro. – sua voz soou baixa, mas eu pude ouvir muito bem. Isso foi como um tapa na minha cara. Ela puxou as suas mãos que eu segurava com suavidade para si, como tivesse nojo do meu toque, e se levantou do sofá. Sem olhar nos meus olhos, tirou uma quantidade de dinheiro do seu bolso e deixou sobre a mesa. – Te espero no carro. – E me deu as costas, saindo rapidamente do restaurante e me deixando mais perdido do que antes.

Eu fiquei parado ainda tentando recapitular tudo que tinha acabado de ocorrer agora mesmo. Será que eu tinha ficado louco e imaginei coisas? Será que isso foi algum tipo de sonho? Não. É ela brincando mais uma vez com a minha sanidade e os meus sentimentos. Esse sempre foi o seu passatempo favorito. E como sempre, caio em sua armadilha, incapaz de resistir. Inferno! Passei os dedos entre os meus cabelos, puxando-os para trás e tentando me acalmar, respirando fundo.

Depois de receber a conta, paguei a minha parte e fui até o carro que estava estacionado no lado de fora. Por quê? Por que ela tinha que fazer esse tipo de coisa comigo? Por que ela tinha que me culpar por tudo o que meu pai fez e descontar tudo em mim? Será que ela não vê que apesar de tudo eu ainda a amo? Encarei o seu rosto. Ela já estava prontamente dentro do carro, forçando o cinto de segurança para que encaixasse no fecho. Depois de certo esforço, ela conseguiu. Sua expressão era ríspida, totalmente diferente da Miley de poucos minutos atrás com quem eu estava conversando. Era tudo fingimento. Desde quando ela iria gostar da minha presença? Ela só fez aquilo para debochar da minha cara.

Entrei no carro e bati a porta do carro sem nenhuma delicadeza. Não vou mais fingir que não é nada de mais ou que nada aconteceu, pois aconteceu. Estou cansado de ser feito de idiota por ela. Já chega, Miley vai ter que ouvir.

-Qual é o seu problema? – eu não gritei, mas minha voz soou bastante rude.

Ela se virou para mim. –O que? – ela perguntou, enquanto ligava o carro.

-Não se faça de sonsa. Qual é a tua para me tratar tão bem lá dentro, me beijar -frisei bem a palavra beijar. – e do nada, você começa a me tratar do mesmo jeito indiferente de antes? O que você me diz sobre aquela trégua de mais cedo? Enjoou? – perguntei irônico.

-Enjoei de você. Só isso. – ela respondeu enquanto dava partida no carro. – Quer saber, Nicholas? Aquela Miley que você conversou há poucos minutos, a legal, não é a verdadeira eu. Eu tentei, mas aquilo nunca vai ser uma parte verdadeira de mim. A verdade, é que eu não posso me acostumar com uma vida pacífica com você. Eu não te suporto. No fundo você também não me suporta. Somos de mundos diferentes.

E lá vamos nós de novo. Bem que eu suspeitei do seu comportamento fora do normal. Mas não pude imaginar que em um momento eu estaria a beijando daquele jeito e no outro ela estaria dizendo que não me suporta. E eu? Caindo na suas enganações, novamente!

-Você pensa o que? Que pode me tratar mal no momento que quiser? O que você pensa que sou? Um cara estúpido que se deixa ser feito de bobo?

-E não é verdade? – ela retrucou ainda com o olhar sobre a estrada. – Não coloque a culpa em mim, se você que se iludiu demais. Se você sabia quem eu era, não deveria ter expectativa nenhuma sobre mim. Agora vai ficar sentido só porque eu não quero mais ser sua amiguinha colorida? - ela queria se mostrar indiferente só para me atingir, mas dava pra perceber que ela não conseguia. Seus dedos apertavam ao redor do volante e sua voz soa tão afetada quanto a minha. Miley sempre quer se mostrar superior, inatingível, como se ela não tivesse fraqueza nenhuma e por isso, ela acha que tem direito em atingir as fraquezas dos outros.

-Você se acha esperta, não é? Até quando você acha que vai conseguir manter essa máscara?– perguntei, a atiçando mais a atenção.

-Que máscara, Nicholas? – ela perguntou com um sorriso debochado no rosto. – Você ainda não percebeu como eu sou de verdade?

-Eu já. Pelo visto, você que esqueceu. – eu respondi. Era a hora da verdade. Eu estava aos nervos, nem conseguia pensar direito. Sentia raiva dela, por me fazer ainda a amar e ainda me tratar do jeito que me trata. A única coisa que eu conseguia pensar era que eu não aguentava mais isso. É um basta! Ela já jogou sujo demais comigo. Chega de ser um cara bonzinho, estúpido e paciente. –Você não passa de uma vadia que está tentando se vingar da minha família. Que na verdade, tenta se proteger com esse caráter nojento do seu passado.

Ela direcionou um olhar incrédulo para mim. – Como é que é? O q-que você está falando? Enlouqueceu?

- Não, Miley. Eu sei toda a verdade. Eu sei que da rivalidade dos nossos pais, da morte do seu pai e o plano de te internar num hospício só para o meu pai ficar impune. Eu não deveria saber disso, porque você tinha medo que alguém descobrisse que esse seu modo seguro e invencível de ser é uma farsa.

-Merda, Nicholas! Como você soube? Você não teve o direito! – gritou, indignada. Uma mão ela levou à sua cabeça, numa tentativa de se acalmar, enquanto a outra continuava manuseando o volante. Percebi que o carro ganhava cada vez mais velocidade. Ela foi atingida. Isso não me fez bem. Eu ainda estou chateado, me sinto usado por tudo que passei e me sinto patético por não conseguir me livrar desse amor. – Meu Deus, eu... – ela não conseguiu terminar a frase, surpresa demais para dizer alguma coisa.

-Eu não tive o direito? Miley, eu tinha que saber o porquê de tudo isso! – eu respondi num mesmo tom de voz, jogando o mínimo de calma que eu tinha no espaço. – Você me enganou durante semanas, para conseguir fazer esse maldito golpe. E se isso não fosse o suficiente, ainda me humilhou sem nem mesmo se importar com o que eu sentia. Você pisou no meu coração, no meu orgulho! E agora acha que eu não tinha o direito de descobrir sobre o seu passado? Por que, Miley? Tem medo de eu jogar tudo na sua cara, como você fez comigo?

Ela tentava respirar fundo, nervosa demais para se conter. A raiva estava me cegando, eu estava incapaz de sentir pena ou o quão baixo eu estava sendo. Eu só queria falar tudo o que estava entalado na minha garganta e que tem me sufocado por muito tempo.

-Talvez você mereça tudo isso mesmo. Para aprender a ser menos idiota. Pouco me importo o quanto que eu te humilhei e o quanto que você ficou triste com isso. Você é um Jonas. Não merece algum sentimento bom de mim, pois é tão imprestável quanto o seu pai. – ela cuspiu seu veneno.

Quando ela me comparou ao meu pai, foi à gota d’água. Ela estava me comparando ao homem que destruiu a sua vida, que a fez se tornar a pessoa cruel que é até hoje. E tudo o que fiz foi a amar, comer em sua mão como um vira-lata obediente e burro que mesmo maltratado, volta a sua procura de novo.



Miley Narrando


Apertei mais meus dedos ao redor do volante e afundei o meu pé no acelerador. Talvez a adrenalina da velocidade alta, me faça esquecer o que o sou obrigada a ouvir do Nicholas. Minha garganta se apertava tortuosamente, me dando sinais de lágrimas daqui a pouco tempo. Ele... Ele não podia saber disso sobre hipótese alguma! Pelo mesmo motivo que eu estou passando agora. Nicholas vai usar a história do meu passado para se vingar de mim, para me humilhar. O filho do Paul Jonas, por quem estou apaixonada, jogando coisas que nunca deveria saber na minha cara. Realmente, a minha missão saiu totalmente do planejado.

Eu sei que pode parecer impensado e meio imaturo o tratar com tanta indiferença desse jeito só porque descobri que sou apaixonada pelo Nick. Mas é simplesmente fora de cogitação algum relacionamento entre nós. Eu não quero me sentir desse jeito por ele, pois eu sei que iria dar tudo errado em algum momento. Eu percebi que uma situação amigável entre nós é perigosa demais para mim, pois eu não resistiria. Como eu acabei não resistindo. A minha reação foi para afastá-lo de alguma desconfiança de um sentimento sincero por ele. Eu não quero, eu não posso e nem devo amá-lo. Isso é novo demais para mim. Eu nunca me apaixonei de verdade por alguém como agora, mas eu tenho esperanças que voltando à antiga rotina, eu consiga esquecer.

Agora, eu tenho visto ainda mais motivos para me afastar cada vez mais de Nicholas. Ele conhece o meu maior e mais humilhante segredo. Pelo que percebi, está se divertindo muito com isso. Talvez seu caráter não seja tão diferente do seu pai como eu pensei. Pisquei fortemente, para evitar lágrimas. Desgraçado!

- Você tem razão. Talvez eu seja como o meu pai mesmo. Eu estive até pensando que mesmo sendo errado ele fez certo. Com tudo o que você fez a tantas pessoas e a mim com esses seus golpes, esse passado doloroso seu é bem merecido. – sua voz, que costuma ser tão agradável, soou amarga e me atingindo em cheio.

Um carro lerdo, que estava em minha frente, me impedia de continuar em alta velocidade. Tentando controlar a minha raiva com o volante, passei para outra pista e ultrapassei rapidamente o motorista lento.

-Nicholas, cala a boca antes que eu te expulse a chute desse carro em movimento. – eu só conseguia dizer isso. O que mais eu podia retrucar? “É feio dizer isso para as pessoas”?

-Se sentiu ofendida? Você sabe que é tudo verdade, não é? - senti um buraco se abrir em meu peito. – A garota frágil e sentida por dentro, protegida por uma carapaça de uma perigosa e impiedosa criminosa. Até quando você acha que vai conseguir enganar alguém com isso? – as suas palavras revezavam com as memórias do passado que repetiam em minha mente.

-CHEGA!– eu gritei, me virando para o Nick. Ele me encarou, com um olhar diferente. Talvez esteja surpreso em ver lágrimas correndo em meu rosto livremente. - Já chega, Nicholas. Se você queria tanto me humilhar, parabéns. Você conseguiu! Se você queria tanto que eu me sentisse um lixo, muito bem, você também conseguiu. Agora já passou dos limites. – eu voltei minha atenção à estrada, secando as lágrimas com uma das minhas mãos, sem coragem o suficiente para encará-lo depois disso.

-Merda!– ouvi ele xingar baixinho. – Miley... Eu não queria ter dito aquilo para você daquele jeito, mas você me tira do... – antes que eu pudesse ouvir suas desculpas esfarrapadas, eu o interrompi, o encarando novamente.

-Eu não quero ouvir sua voz, ok? – eu respondi ainda com uma voz alterada. – Não quero que se desculpe por pena. Eu prefiro que você continue com esse seu discurso revoltado do que me pedir desculpas. – eu iria continuar, mas Nicholas olhou rapidamente para a estrada a nossa frente e se voltou para mim.

-Miley, olha a... – ele tentou continuar a falar. Ele parecia nervoso para me contar sobre alguma coisa, mas eu estava farta de o ouvir.

-Eu não quero saber! – eu retruquei.

-Cuidado!– gritou, sem tirar os olhos da estrada.

Voltei a minha atenção ao transito e me deparei com um caminhão a poucos metros do nosso carro, avançando cada vez mais. Meu coração disparou em pânico. Eu tinha esquecido que eu tinha trocado de pista e estava na contra mão. A estridente buzina do veículo a minha frente soou. Já estava perto demais para a nossa segurança. Manuseei o volante, quase o girando por completo, para voltar despistar do grande caminhão que estava prestes a nos esmagar. Eu não conseguia pensar direito. A única frase que se passava na minha cabeça era:“Nós vamos morrer”.

O cantar dos pneus contra a estrada contrastava com os nossos gritos de reação. Tudo parecia rápido demais, eu não conseguia acompanhar. O carro finalmente despistou, mas a velocidade era alta demais para se estabilizar em uma curva. Nós continuamos a avançar o limite da estrada, até que o carro bateu contra uma grade de proteção que não resistiu e se partiu. A única coisa que pude enxergar foi um lago que estava prestes a nos engolir. Rapidamente e brutalmente, o carro mergulhou no lago de águas geladas e escuras. A água invadiu o automóvel com muita rapidez, pois algumas janelas se quebraram com o impacto.

Nós continuamos a afundar para o fundo. Os meus pulmões se espremeram em busca de ar, mas única coisa que conseguir inalar foi água. Olhei para o lado para ver se Nick estava bem. Ele estava conseguiu se soltar do sinto de segurança e começou a tentar abrir a porta do seu lado. O tempo estava se esgotando. Eu precisava ser mais rápida possível para chegar à tona. Tentei me livrar do cinto que me prendia contra o banco, mas ele travou, como sempre. Não, agora não! Tentei forçar mais, mas a única coisa que mudava era o meu desespero por ar que aumentava mais e mais.

Continuei puxando o cinto para fora de seu encaixe, mas não saía de jeito nenhum. Comecei a me sentir fraca, nem mais as minhas mãos tinham força para me soltar do cinto de segurança. A tontura foi tomando a minha visão, que estava ficando cada vez mais embaçada. Olhei para o lado e vi Nick nadando para fora do carro, e então tudo ficou escuro.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Capítulo 26 - Friendship, discoveries and love.

Oi queridas leitorassss! Como estão vocês???? Estou aprendendo a ser mais rápida, viu? kkkkkkk E ainda tive época de prova!
Genteeeeeeeeeeeeeeeeeee! Vocês ouviram We can't stop??? Eu imaginava que seria um rap falando sobre drogas, liberdade e essas coisas do estilo "vida louca" da Miley rs Graças a Deus, ela me surpreendeu para melhor. A música tem um estilo meio pop e ao mesmo tempo tem uma pegada diferente, bem na vibe dessa nova fase dela. Eu amei! Estou louca pra ver o clipe *-*
Mas voltando à fic, boa leitura! Não esqueçam de comentar, por favor ;D Agora eu tenho 35 seguidores, acho que deveria aumentar esse número de comentários (mesmo amando todos os que recebo S2). Obrigada pra quem comentou no capítulo passado, eles já estão respondidos!
Beijos


Miley Narrando


   O carro corria com tudo pela estrada. O vento invadia as janelas abertas, acariciando meu rosto. Uma música qualquer tocava na rádio ligada. Não era a minha favorita, mas me deixava animada. Eu sei, parece estranho esse nem tão usual bom humor. Até Nicholas estranhou. Acho que essa "folga" do golpe e de toda essa preocupação me fez bem.

   E sobre a trégua? Bom, faria sentido ter o ajudado no resgate, termos dormido juntos e ainda continuarmos inimigos? Ok, até que faria devido ao nosso histórico, mas eu queria tentar pelo menos ter uma harmonia entre nós. Sem todo aquele ódio exagerado. Talvez sem aquela relação maluca que tínhamos, as minhas estranhas sensações se acalmem. Às vezes o proibido é muito mais atraente do que quando se está numa situação normal. De repente, os meus incansáveis e frequentes pensamentos sobre o Nicholas tenham um fim. Com essa paz entre nós, toda essa perturbação pode acabar. Afinal, ele não é o Paul, né? Talvez o Nick não seja tão detestável assim, como eu percebi ontem a noite.

    Mas confesso que ainda tenho medo. Medo de como as coisas ainda vão se desenrolar. Que esses sentimentos e pensamentos se tornem em... Algo mais sério. Seria um labirinto sem saída pra mim. Por isso ainda sou um pouco cuidadosa em relação a ele. A tudo que ele fez e a tudo que me atrai. Até às minhas reações. Eu soo muito idiota pensando assim. Ainda mais porque eu nunca fui tão cautelosa e covarde desse jeito. Mas eu estou começando a perceber que é preciso. A nossa situação de agora foi um ponto em que eu nunca esperaria chegar. Eu não posso me apaixonar por ele. De jeito nenhum.

    Senti meu estômago protestar, me despertando do meu monólogo. Era óbvio que uma hora ou outra ele daria sinal. Aquilo que comemos de manhã não mata a fome de ninguém.

    -Estou com fome. - comentei. - O que acha de pararmos em algum lugar antes de voltar pra Los Angeles? A viagem vai demorar mais um pouco, mas pelo menos não vamos com o estômago vazio. -sugeri lançando um rápido olhar para o Nicholas.

    -Ainda bem que pensou nisso! - respondeu em tom de alívio. - Pensei que fosse o único que ainda queria comer. -ele comentou feliz. Eu ri da sua felicidade só em tocar o assunto de comida.

   -Então está combinado! Daqui a alguns quilômetros, devem aparecer alguns restaurantes ou lanchonetes de estrada. Comida, aqui vamos nós! - eu falei no mesmo nível de animação que ele, tirando sarro. Em resposta, ele deixou escapar uma risada.

     

Minutos depois...


    Estacionei em frente a uma lanchonete que ficava logo ao lado de um posto de gasolina. De longe, não me parecia muito mal cuidada, então achei melhor parar por ali mesmo. Dessa vez não tive dificuldades com o cinto, o que foi um alívio. Ter o Nick tão perto de mim daquele jeito, era tão tentador que chegava a ser tortura resistir. Saímos do carro e caminhamos até o estabelecimento.

    Ainda bem! Tinha uma boa movimentação lá dentro, então quer dizer que não é ruim. A lanchonete era bem estilo antigo com jukebox, sofás em lugar de cadeiras às mesas e uma bancada com cadeiras altas em frente ao bar. Parecia confortável.

   Entramos juntos no local e logo vasculhei com o olhar um lugar bom para almoçarmos. Durante esse passeio dos meus olhos, me deparei com uma visão totalmente inesperada. De primeira, me deu vontade de voltar correndo para o carro antes de ser vista, mas uma voz em minha consciência gritou "Deixe de ser uma menininha assustada! Anda, não é tão ruim assim." Tentei manter uma concentração absurda para as minhas bochechas não corassem de embaraço.

   Ele estava se apoiando sobre o balcão, com um copo de cerveja na mão e conversando simpaticamente com um homem ao seu lado. Não tenho dúvidas que seja o Finn. Ele estava mais alto e ganhou um pouco de músculos depois desses anos. Seu rosto antes de um menino, agora era de um homem feito, com direito a uma camada fina e clara de barba para fazer. Mesmo com algumas mudanças óbvias, era possível reconhecê-lo claramente.  Seus olhos cor de caramelo com alguns traços verdes espalhados pela sua íris eram os mesmos. Finn continuava bonito, arrisco dizer que até mais do que antes. A minha ultima lembrança dele me veio a cabeça. Aqueles mesmos olhos me fitavam com pena, como se eu fosse uma frágil boneca quebrada que nunca mais iria ser concertada. Senti meus dedos frios e o meu coração palpitar ansioso em meu peito. Uma mescla de nervosismo e vergonha tomava conta de mim.

   -Miley? O que houve? Você está bem? - Nicholas perguntou, me acordando de meus devaneios. Me virei para ele. Parecia estar um pouco preocupado. Provavelmente, eu estava encarando a minha frente por muito tempo e nem percebi.

   -Não houve nada, eu só... - eu tentei explicar que eu tinha acabado de encontrar com antigo conhecido, mas eu fui interrompida antes disso.

   -Miles? - fui chamada por uma terceira voz. Voltei meu olhar novamente para frente e ele estava virado em minha direção me fitando com uma expressão de surpresa.

   -Finn! - eu o cumprimentei, forçando um sorriso discreto. Caminhei, me aproximando mais dele, acompanhada de Nick.

    -Meu Deus, a quanto tempo! - ele exclamou. Ele me olhou de cima a baixo. - Você mudou muito! - comentou. - Pra melhor, é claro. - Finn sempre teve o costume de ser gentil com as pessoas. Acho que esse foi um dos motivos de eu gostar dele quando mais nova.

   - Obrigada. - eu puxei os lábios em um sorriso.

   - Você está viajando por aí, é? - perguntou curioso, mas com um fio de preocupação em sua voz. Aposto que está surpreso demais por eu colocar a minha "fragilidade" em risco por eu estar viajando sozinha com um cara. Não o culpo por isso.

    -Pois é, estou aproveitando as férias de verão, saindo um pouco da rotina... - mal sabe ele que a minha rotina é fazer golpes por aí.

    - E você é...? - Finn perguntou para o Nicholas, finalmente percebendo a sua presença. Logo me lembrei de não ter o apresentado. Ah, tanto faz! Acho que não era necessário mesmo ele conhecer alguém que faça parte do meu passado. Nick não parecia muito contente. Não sei porque, mas acho que ele não gostou muito do Finn.

   -Nicholas. - ele respondeu rapidamente e impassível.

   - Prazer, pode me chamar de Finn. - disse simpaticamente, mesmo que o Nick não tenha feito nenhuma pergunta. Eles apertaram as mãos.

   -Você conhece a Miley de onde? - Jonas perguntou interessado.

   -Eu praticamente cresci com a Miley em Nashville. Ficamos anos sem nos ver. - ele respondeu.

   Fiquei um pouco receosa de o Finn contar detalhes demais dos meus tempos em Nashville. Afinal, seriam pistas reveladoras sobre mim para o Nicholas. Não sei se suportaria se o Nick conhecesse a minha maior fraqueza. Mesmo que não sejamos inimigos agora, não tenho intimidade para isso. Ele me ridicularizaria se soubesse. Eu o humilhei antes, ele não veria empecilhos para me humilhar também.

    -Nick, porque você não procura uma mesa boa para gente e já faz os pedidos enquanto eu termino de conversar com ele? A gente não pode demorar muito, lembra? - eu disse o alertando com os olhos que quero ficar sozinha. Ele suspirou contrariado. Eu contraí as sobrancelhas, insistindo.

    - Ok... Vê se não demora também. - ele cedeu e lançou um olhar severo para o cara a minha frente. Contra a sua vontade, foi caminhando em direção às mesas. Enxerido!

     -Seu namorado? - Finn perguntou enterrando as mãos nos bolsos da sua calça, segundos depois do Nick se sentar em frente a uma mesa disponível.

    Antes de dar alguma resposta, eu me virei para Nicholas que tinha os olhos sobre nós dois. Suspirei e voltei para o Finn.

   - Mais ou menos. Quer dizer, é só um amigo... - eu comecei a me enrolar. A resposta era tão simples! Era só dizer sim ou não! O que é óbvio que não é sim. - Deixa pra lá! - eu desisti. Ele riu.

   -Então, eu nunca mais tive alguma notícia sua. A sua mãe não me dizia muito sobre você e nem a Leslie sabia de muita coisa. Eu pensei até que ainda estivesse... -ele não terminou a frase um pouco sem graça. - Você sabe...

   - Num sanatório. - respondi por ele, simplificando as coisas. Ele balançou a cabeça em afirmação.

   - Fico feliz em te ver melhor. - ele disse.

   - Obrigada.

   - E por onde tem andado? - perguntou. Eu não queria dizer que eu estou em Los Angeles para depois minha família descobrir, vir atrás de mim e me descobrissem. Seria um caos se isso acontecesse.

   - Estou morando por um tempo em Texas. - menti. - Olha, eu vou ter que ir almoçar logo, nem era para eu e Nick pararmos aqui. Estamos com o tempo um pouco apertado. - falei tentando acabar logo com a conversa particularmente desagradável.

   - Ah, desculpa ficar aqui te atrasando. Se quiser contato, fica com o meu número. - ele disse anotando rapidamente num guardanapo com a caneta que estava largada no balcão. Entregou para mim o pedaço de papel.

   Eu apenas sorri educadamente. Ele me beijou na bochecha em despedida.

  - Tchau. - eu disse. Ele respondeu o mesmo.

   Dei as costas para ele fui caminhando até a mesa onde o Nick estava. Me sentei de frente pra ele num sofá igual ao que ele estava sentado. Até que não foi muito ruim assim. Imaginei uma situação ainda mais constrangedora. Mesmo assim, não me sinto muito bem em ter reencontrado Finn, apesar de ser uma boa pessoa. O avistei ir embora depois de pagar o seu consumo. Nicholas ainda estava sério com o queixo apoiado em sua mão. Estendi o pedaço de guardanapo em que estava o número de telefone para ele.

    - Quer pra você? Você gostou tanto dele, de repente vocês dois fiquem amigos. - falei com deboche. Soltei um riso quando ele fez uma careta.

    - Não quero, não, obrigado. Fica para você.

    -Por que você não foi a cara dele, Nick? - perguntei curiosa.

    -Nada, ele só me pareceu falso demais. Não gosto de pessoas que forçam muito a barra. - ele disse dando de ombros como se não ligasse pra isso.

    -Ah tá. Pensei que estivesse com ciúmes. - brinquei.

    -O que? Não, claro que não! - ele negou um pouco exagerado. Eu continuei o encarando com um sorriso suspeito. - O que?

   - Ta bom, vou fingir que acredito. - ironizei levando a minha atenção para o cardápio.

   - Eu estou falando a verdade! - ele insistiu. Levantei meu olhar para ele.

   - Eu estava brincando. - eu disse logo antes de soltar uma risadinha. Quando se tocou que não estava falando pra valer, as suas bochechas ficaram rosadas. Ele fica tão fofo quando está envergonhado...

    Ok. Isso foi estranho. Vou fingir que não acabei de pensar nisso.

   - Eu não estou muito acostumado com o seu lado bem humorado, então me dá uma brecha, né? - ele disse com um sorriso de lado.

   A garçonete parou diante as nossas mesas com um caderninho de notas prontamente em suas mãos.

   - Boa tarde, o que vão querer?

   Nós verificamos rapidamente o cardápio.

   - Qual é o maior hambúrguer que tem aqui? - eu perguntei, analisando o cardápio.

   - O especial da casa.

   - Vou querer esse. - respondi decidida. A minha fome estava monstruosa, acho que eu era capaz de devorar até o estofamento dos sofás daqui. - Uma Coca-Cola e também vou querer essa porção de batatas fritas. - Apontei para onde estava escrito no menu.

    Ela balançou a cabeça em compreensão enquanto terminava de anotar o pedido.

   -E você? O que vai querer? - perguntou para o Nick.

   -Pode ser o mesmo que o dela. - respondeu.

   -Tudo bem, os pedidos não vão demorar muito. - ela disse antes de deixarmos a sós de novo.

   -O maior hambúrguer? - Nick perguntou surpreso, com um sorriso debochado no rosto, mostrando seus dentes bem alinhados e brancos.

   - Você também pediu esse! - me defendi da piadinha.

    - Mas eu não imaginava que alguém toda pequena e delicada que nem você pedindo o maior hambúrguer da casa. - respondeu. - Aqui é Estados Unidos da América, só pra te refrescar a memória. Os hambúrgueres daqui são para alimentar monstros!

   - Primeiramente eu estou com muita fome. - apoiei meus braços sobre a mesa, inclinando o meu tronco pra frente e me aproximando mais dele. - E segundo, fala sério! Sou de Tennessee, sou feita de água, milho e muita carne. - lancei uma piscadela cúmplice para ele que o fez apertar os seus olhinhos escuros e alargar o sorriso. Um sorriso contagiante e bonito.

    - É difícil de imaginar você como uma garota do interior. Nem sotaque mais você tem. - comentou, ficando um pouco mais sério.

    - Fiquei bastante tempo em outros países. Fico surpresa de até não falar com outros sotaques. - falei. - E com certeza não seria muito legal você me ver como a Miley do interior. - eu franzi o nariz.

   - Por que não? Acha que eu sou do tipo playboy que esnoba os outros? - me perguntou contraindo as sobrancelhas.

  - Não, essa função é pro seu irmão. - respondi lembrando do jeito idiota do Joe. - Mas acho que você acharia graça de mim. Até eu acho graça da antiga Miley.

   - Você é um caso a parte, né? Você arrumaria um jeito de debochar até da modelo mais gata do mundo.

   - E você acha que estou fazendo o que? - falei apontando pra mim mesma de uma forma exibicionista. Ele riu balançando a cabeça negativamente.

   - Você beija quantas vezes por dia o seu próprio reflexo no espelho? Cem?

   - Cento e cinquenta. - respondi.

   - O Joe faz duzentas vezes todo dia com direito a um "eu te amo". -  ele disse como se fosse realmente verdade. Eu soltei uma risada alta.

   Estava sendo tão agradável conversar desse jeito com ele, sem nenhuma seriedade ou ofensas. Nunca imaginei que passar um tempo assim com o Nick seria tão bom. Mesmo na época em que éramos namorados (bom, teoricamente falando), ele também era bom  pra conversar e passar o tempo, mas era uma situação totalmente diferente. Eu estava ao seu lado por puro interesse para o golpe. Agora não.

   Alguns minutos depois, os nossos pedidos chegaram e não perdemos tempo para começar a comer. Realmente a comida daqui é uma delícia. Depois de terminar o meu hambúrguer, eu comecei a comer as minhas batatas. Houve um silêncio entre nós. Acho que nós dois nos preocupamos mais em comer. Levantei meu olhar para o Nick e peguei os seus olhos castanhos sobre mim, me fitando com intensidade. Eu conseguia sentir as batidas fortes de meu coração por todo o meu corpo. Voltei a sentir aquele pontinho de calor se espalhava em meu peito. Nick se tocou que eu percebi depois de segundos trocando olhares e desviou a sua atenção para a sua refeição novamente. Respirei profundamente e fiz o mesmo.

   Depois de terminarmos, Nick teve a ideia de pedir uma sobremesa. Eu não estava muito preocupada com o tempo que levaríamos aqui. Para falar a verdade eu estou até um pouco desanimada para voltar pra L.A. A garçonete chegou com uma Banana Split em mãos. A sobremesa era bem servida. A moça nos deixou duas colheres.

   -Duvido que eu consiga comer isso tudo sozinho. Você quer um pouco? - ofereceu ele. Nicholas sendo gentil comigo? Realmente isso é tão estranho de se ver que até demorei um pouco pra responder.

   -Ta bom. - concordei. Eu iria dizer não se Banana Split não fosse a minha sobremesa favorita. Faz tanto tempo que eu não tomo.

   Levantei do meu lugar e sentei no sofá, ao lado de Nick para dividir o sorvete. A sensação era um pouco esquisita, pois hoje é o único dia que eu estou me dando bem com ele. E ficar tão próxima desse jeito, me faz sentir feliz e ao mesmo tempo acuada. Peguei a colher, tentando prestar atenção ao sorvete a minha frente. Provei um pouco e logo ouvi a sua voz soar perto de mim. Perto demais pra minha sanidade.

   -Está bom? - perguntou.

   Eu me virei pra Nicholas e assenti com um aceno de cabeça.

   -Muito! - eu disse ainda com o doce na boca, o que fez rir. Então, começou a saborear a Banana Split junto comigo.

    Em alguns minutos terminamos o que, em algum momento, foi sorvete. Tomei coragem para olhar novamente para Nick e ter que encarar aqueles olhos inquietantes.

    -Vamos? É melhor pedir a conta logo. - eu falei.

    Ele passou tempo demais olhando para mim, mas um pouco depois respondeu com um "Aham". Aquele mesmo modo de olhar que me tira o raciocínio. A sua boca avermelhada estava cruelmente perto de mim.

    -O que foi? - me atrevi a perguntar.

    -Nada. - ele balançou a sua cabeça negativamente. - É porque você está muito perto, quer dizer, você... - ele se atrapalhou. Parecia estar um pouco sem jeito para dizer.

    Surpresa até mesmo com a minha própria reação, eu diminui ainda mais a distância entre nós, enquanto acariciava o seu rosto. Ele não reagiu para que eu parasse. O coração pulava contra as minhas costelas, em alerta a alguém tão irresistível. Ele queria isso tanto quanto eu. O puxei pela nuca, acabando com o mínimo de vazio entre nós dois e nossos lábios se encontraram.

    Beijei seus lábios com suavidade, aproveitando o gosto doce da sobremesa que acabamos de tomar. Ele sugou meu lábio inferior lentamente. Abrimos mais nossas bocas para aprofundar o beijo. Gemi baixinho quando senti sua língua se roçar na minha de um modo delicioso. Ele envolveu os seus braços em minha cintura, me puxando pra si. Continuamos a nos beijar sem aquela pressa e urgência do que ontem a noite. Aproveitávamos cada detalhe, movimento e gosto.

    Droga, por que eu tinha que ser tão fraca em relação a Nick? Por que alguém tinha que ter olhos tão encantadores, lábios tão macios e convidativos, um corpo de tirar o ar e um jeito de ser tão cativante. Nicholas Jonas, por que você tinha que entrar na minha vida e bagunçá-la do jeito que bagunçou, me deixando confusa e sem saber mais o que fazer?

    Assustada demais com a minha própria descoberta, o empurrei para longe de minha boca com as minhas mãos espalmadas sobre o seu peito. Ambos ofegantes, não dissemos uma palavra sequer. O Nick me fitava um pouco perdido com a minha reação. Isso não era pra acontecer. Tudo que tivemos deveria ter ficado apenas em memórias de ontem a noite. Mas não era só um desejo sexual que estava envolvido. Já era tarde demais para evitar.

Eu estou apaixonada pelo último cara por quem eu deveria. Me apaixonei por Nicholas Jonas.


Eu acho que uma pessoinha está in looooooove! hahahaha Finalmente ela se tocou, né? Comentem aí o que acharam! O que será que vai acontecer a partir de agora???? ;D
Ah, eu gostaria de divulgar um blog muuuuito bom que eu ando lendo. Ele é essencialmente Jemi, mas a segunda tmporada da fic terá Niley e sinto que vai ser perfeito *-* A autora posta regularmente (ao contrário de mim mimi), escreve super bem, a história é bem orginal e tem cenas bem hots (pra quem curte, você não podem perder! hahaha). Aqui está o link : http://eusonhocomjemi.blogspot.com.br/
Vejo vocês no próximo capítulo!
xoxoxo