quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Clipe de Adore You + Nova capa do Blog

Meu povo e minha pova! Saiu o clipe de Adore you! *-*
Gente, como muitos de vocês devem saber, nós, os Smilers, estamos combinando de quebrar o recorde de Wrecking Ball com o clipe de Adore You. Eu sei que vai ser difícil, mas o que custa tentar né? kkkkkk Para quem não viu, veja. E para quem já viu e está disposto, ajuda a gente a quebrar mais um recorde! kkkkkkkAqui está o link do clipe:

http://www.youtube.com/watch?v=W1tzURKYFNs

Obs: Quem quiser mesmo ajudar a quebrar o recorde, tenho uma dica para vocês. Quando vocêm darem o replay, atualize a página antes. Eu não sei porque, mas o You tube só conta com mais de uma visualização se atualizar a página e assistir o video até o final - quando aparecem aquelas opções para assistir outros videos, sabe qual é?- Enfim, quando atualizarem a página, saiam do login do You Tube. Eles só contam com uma visu por conta. Sem conta nenhuma as visualizações são "liberadas". Eu estou atualizando quatro janelas - no mudo, é claro rs- ao mesmo tempo. Bom, isso é mais eficaz, né? kkkkkk

Não deixa o samba morreeeeeer, não deixa o samba acabaaaaar ;D

Ah, vocês gostaram da nova capa? :D Foi a Amy Jonas que fez para mim *-* Eu amei! O que vocês acharam?
E aí? Estão ansiosas para nova temporada? Não esqueçam de comentar no post da sinopse e do prólogo, hein! Quero saber a opinião de vocês!

Beijos

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Sinopse e prólogo - 2ª temporada de Thief of Hearts


Sinopse:

“-A gente vai ser muito feliz aqui, amor... Confia em mim!” Miley realmente queria acreditar nisso, com todas as suas forças.

Quase um ano se passou, e como Nick havia prometido, eles estavam sendo felizes na Itália mas... Na vida de Miley há sempre um “mas” não é?

Chad, o seu melhor amigo, estava apaixonado por ela e esconder isso de Nick estava ficando a cada dia mais difícil. Isso sem falar que já é difícil recomeçar, mas para ela estava sendo praticamente impossível ainda mais quando estranhos acontecimentos a fazem concluir que não dá para sair do mundo do crime. Quando você se afasta do crime, o próprio crime vai até você.

Será que o amor realmente transforma a vida de alguém? Será que ele é capaz de espantar todos os seus fantasmas do passado?


Prólogo:

Ligação On:

“E então? Tem certeza que vai fazer isso?”

“Com toda a certeza. Não vai ser tão difícil assim. Miley e Nicholas são os únicos que vivem naquela casa. Te garanto que se tudo ir conforme o que eu estou planejando, vou conseguir o que quero logo, logo!” – a voz soava tranquila. Estranhamente tranquila, que chegava à frieza. 

“Mas a Miley é bem preparada para esse tipo de coisa, não é? Não imagino que seja tão fácil assim.”

“Sim, ela é bem preparada. Mas sei muito bem como ela age. Não quero chegar ao ponto de cara.”

“O que você tem na cabeça?”

“Que tal brincar de Deus por um tempo? Nos divertir um pouco vai esfriar nossas cabeças e conhecer cada truque e cada falha dos dois. Além do mais, acho que esse casalzinho está merecendo sofrer um pouquinho, não acha?”

“Eles vão enlouquecer desse jeito.”

“Essa é a intenção. Quando estiverem exaustos da nossa brincadeira, nós demos o bote.”

Uma risada soou pela linha telefônica. – “Você não presta!”

“Eu sei.” – comentou rindo. – “Mas você não pode negar que é tentador, não é? Tenho certeza que você não vai se arrepender.”

“Eu sei que não, mas eu só vou entrar nessa por você.”

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

CAPITULO FINAL - Skyfall

Trilha sonora de abertura: Skyfall - Adele
 

 
"Este é o fim
Segure a respiração e conte até dez
Sinta a Terra se mexer e então
Ouça meu coração explodir novamente
Pois este é o fim
Eu me afoguei e sonhei este momento
Tão atrasado, eu devo a eles
Emocionada, fui levada

 
Deixe o céu cair
Quando desmoronar
Estaremos de pé, orgulhosos
E iremos encarar a tudo
Juntos
Deixe o céu cair
Quando desmoronar
Estaremos de pé, orgulhosos
E iremos encarar a tudo juntos
Ao cair do céu
Ao cair do céu"
 
Autora Narrando

 

                Um clima tenso pairava sobre o enorme prédio carcerário. Policiais infiltrados e presidiárias já informadas do grande plano esperavam ansiosamente o horário de almoço. Miley e suas colegas de cela estavam com os corações a mil por hora. Não é por menos. Lá elas guardavam uma bomba debaixo de uma das camas. E se explodir antes do comando? , se perguntavam silenciosamente. Algumas dessas bombas minúsculas já estavam em seus devidos lugares. Outras seriam colocadas na hora. Os pontos estratégicos já estavam preparados para a grande rebelião.

                Catherine já havia espalhado para a maioria das presas que primeiramente, o grupo se dividiria em dois. Um grupo será responsável pelos incêndios, principalmente da sala de segurança onde carregam as fitas de tudo que é filmado no local. O outro terá o objetivo de distrair a atenção dos policiais. Esse grupo já estava preparado com o máximo de armas que foi disponível ser entregue. Obviamente, não foi possível espalhar a notícia para todas. Algumas condenadas seriam apenas peões perdidos no meio do jogo, mas nada que possa atrapalhar o plano. Pelo contrário. Terá muito mais veracidade. A maioria concordou. Não tinham nada para perder. Elas usarão o máximo de chances de liberdade possível, por mais que seja perigoso.

                O xerife que comanda aquele prédio também estava ciente de tudo. E não, isso não era um ponto negativo. Ele já se envolveu com coisas fora da lei antes por dinheiro, mas nada tão grande como isso. E não é a toa que recebeu uma generosa quantidade de dinheiro, mais precisamente, dois milhões de dólares. Com certeza, uma proposta irrecusável. Nick conseguiu um bom dinheiro de seu pai, usando a desculpa que usaria em investimentos na nova casa ou comprando novos carros. Não foi tão difícil de arrumar dinheiro.

                As armas e as pequenas, mas destruidoras, bombas vieram do Black Bull. Algumas presidiarias de lá trabalhavam para ele, então e ele achou que era um risco que valia a pena. Obviamente, recebeu uma quantia de dinheiro. Não tanto quanto o xerife recebeu, é claro, mas o suficiente para uma boa garantia.

                Tudo estava bem esquematizado, conforme o Chad e Nick planejavam. Porém, algumas coisas dependiam da sorte. Era uma coisa muito arriscada, mas genial. Miley sempre tentava se lembrar disso quando o seu coração palpitava de nervosismo.

Ela encarou mais uma vez, silenciosamente, as suas colegas de cela. Do mesmo modo, elas devolveram o olhar cumplice, passando mais confiança uma para outra. A hora estava cada vez mais próxima. É agora ou nunca, pensou Miley.

Minutos depois, aos poucos as presidiárias eram levadas para o refeitório. Quando todas se encontraram no mesmo local, Carrie caiu no meio da grande sala. As policiais olharam alarmadas para baixinha que gemia com a mão sobre o peito.

-Meu coração... Eu não estou bem. – ela disse com a voz falha e carregada de dor.

-Gente, ela está enfartando. Vocês não vão fazer nada? – uma ruiva se pronunciou para os policiais. Várias delas encaravam a pequena Carrie com preocupação. Uma policial, corrupta que já sabia do plano, mandou dois dos poucos policiais fora da confusão que não estavam de plantão no local para ajudar a presidiaria que aparentemente estava passando mal. Muitos que estavam fora do plano, receberam um dia de folga do xerife. Alguns policiais se prontificaram para carrega-la até a enfermaria.

Não demorou muito para que confusão começasse a partir daquele momento.

Miley corria pelo corredor acompanhada por Catherine e Stacy. Gritos e tiros eram ouvidos distantes do lado de fora. Todos tinham corrido para o lado de fora do presídio, onde as presidiárias tinham banho de sol. Mas elas não. Correndo contra o fluxo, Miley e suas colegas de cela corriam para os dormitórios. Mais precisamente para a sua cela. Elas tinham feito uma armadilha.

Chegando ao local, elas encontraram com a sua presa. Tessa vasculhava os objetos pessoais das quatro mulheres que viviam naquele pequeno espaço. O rato comeu o queijo da ratoeira. 

-O que você veio fazer aqui? – perguntou Miley falsamente surpresa.

-Eu sei que você tem mais joias guardadas aqui. E você não vai sair desse lugar sem elas, não é? Eu já estou sabendo do planinho de vocês. Sei muito mais do que vocês desejam. Eu vim aqui buscar essas joias.  Onde elas estão?  - ela perguntou autoritária como sempre. Miley segurou uma risada debochada por ver que Tessa havia caído direitinho em seu plano.

- Tenho joias escondidas mesmo. Ou você achava que sua burra o suficiente para entregar minha única coisa de valor para alguém como você? E pode colocar o seu rabinho entre as pernas porque eu não vou dizer onde está. – Miley cruzou os braços com uma expressão desafiadora. – Ah, e olha só! Você está sozinha dessa vez. Onde estão suas amiguinhas, hein?

-Eu não vou dividir riqueza com mais ninguém. Não sou imbecil como você.

- É uma pena que uma imbecil como eu tenha mais suporte aqui para fazer você dar o fora daqui. – Miley disse apontando para as duas amigas em seu encalço. Só de teimosia, Tessa a ignorou e deu as costas, continuando a procurar as tão cobiçadas joias para poder fugir dali. – Até que pelo visto, vai ser mais fácil do que eu imaginava. – murmurou com um sorrisinho maldoso nos lábios. Ela havia se arrependido de algumas coisas, mas isso não fazia da Miley uma santa. O seu lado mais frio ainda dava seus sinais de vida. Além do mais, aquilo era essencial para sua liberdade. Deus sabe o quanto ela precisava sair daquele lugar e que era capaz de qualquer coisa para isso.

Aproveitando que Tessa estava de costas, Catherine empurrou a grade, fechando de uma vez a cela. Antes que a mulher pudesse entender o que estava acontecendo e tentar impedir algo, Miley pegou uma cópia da chave e a trancou lá dentro. Stacy estava dando cobertura, verificando se vinha alguém para atrapalhar algo, enquanto Miley e Catherine se afastavam da cela.

-Ei! Me tirem daqui! Para com isso. Tá bom, eu divido as merdas das joias com você, mas eu não sair daqui sem nada. – protestou Tessa berrando para todo mundo ouvir.

-Não tem joia nenhuma, sua jumenta ambiciosa. – Miley respondeu, tirando um pequeno controle de dentro da blusa, que antes estava escondido no cós da sua calça, sem tirar os olhos da mulher que berrava de dentro da cela. – Sinto muito, mas aqui ou você é a presa ou a predadora. Eu só quero livrar minha pele. – ela disse diretamente para Tessa, que a encarava desesperada. Então, a morena virou para as suas amigas. – Vamos logo. Isso aqui vai fazer um estrago.

As três correram o caminho contrário, em direção à área descoberta. Com mais alguns metros de distancia do corredor das celas, Miley apertou o botão. Um estrondo ecoou por todo o prédio. Miles pode sentir um tremor no chão nesse momento, mas nenhuma das três hesitou em continuar.  Alarmes de urgência se misturavam com o som dos gritos das presidiárias que estavam no meio da grande confusão do lado de fora.

Dois policiais a esperavam no final do corredor em que dava para o pátio. Um deles se pronunciou um pouco assustado.

-Você é a tal Miley, não é? – ele perguntou e ela assentiu em concordância. – As bombas já foram colocadas nas posições combinadas. Nós dois vamos fingir que estamos tentando impedir vocês, enquanto te damos cobertura. – Ele apertou a mão trêmula no cassetete que segurava. Ele é um jovem rapaz e é a primeira vez que comete alguma infração. O xerife o prometeu o promover para uma colocação maior.

-Onde está Carrie?  – ela perguntou.

-A que fingiu passar mal? – o outro se pronunciou. – Está logo ali. – apontou para a gordinha que esperava quieta em um canto, assistindo o resto lutar contra os policias e algumas até tentando subir os muros sem sucesso.

Logo em seguida, ela encontrou Miley e as outras duas mulheres com o olhar e foi até elas correndo.

-Ótimo trabalho, Carrie! – Miley elogiou, colocando sua mão sobre o ombro da mais velha.

-Obrigada. – ela agradeceu convencia. – Então, o que estamos esperando?

Todos se entre olharam. Então o policial mais confiante quebrou o silêncio entre os cinco, estendendo o mesmo pequeno controle que a Miley usou para explodir a cela. Nele, tinha uma etiqueta escrita “1”.

-Vou abrir um buraco explodindo a primeira bomba, que será para despistar a atenção para lá. Com todos preocupados com o primeiro buraco, vocês estarão preparadas para fugir por outro que abrirem logo em seguida. Estou certo? – perguntou para Miley, que balançou a cabeça em concordância.

-Isso mesmo!

-Então vamos lá. – Stacy os chamou com a mão correndo para a parte mais movimentada do pátio. Os outros correram atrás dela.

Um policial que estava algemando uma das presidiárias rebeldes, olhou para o grupo quatro mulheres que corriam dos dois policiais. O mais jovem, pronunciou.

-Nós cuidamos delas! Elas estavam batendo em alguns de nós no corredor. Vamos dar um jeito. – ele disse.

O outro, então balançou a cabeça afirmativamente, e voltou a sua atenção para a prisioneira que berrava para ser solta das algemas.  Os seis foram até o ponto da segunda bomba. O policial mais experiente que estava com o controle na mão, apertou o botão, causando um maior alvoroço de policiais e presas para aquele local.  Ninguém prestava atenção neles agora.

-Vamos para lá agora tentar conter a confusão, senão vão desconfiar de nós dois. – mais jovem disse apressado e nervoso.

-Tudo bem. – Miley assentiu. – Mas prestem bem atenção. Isso serve para vocês dois e o resto que estava infiltrado nisso aqui. – ela apontou o indicador para eles, mas os seus olhos estavam principalmente direcionados ao policial mais jovem, que ainda parecia estar hesitante. – Se perguntarem alguma coisa a vocês, vocês não sabem de nada e não viram nada. Apenas viram Tessa Wayland fugir por esse buraco, mas foi tarde demais para pegá-la, ok? Quando o medo dos investigadores bater, lembrem-se que devem ter muito mais medo de quem não tem regras. Nós não temos limites para a nossa “justiça”. – ela piscou cumplice para eles. – Se somos capazes de fazer isso, – ela apontou para todo o prédio – vocês devem ter noção do estrago que podemos fazer se nos passar a perna. – ela ainda estava encarando intensamente o jovem policial que balançou a cabeça várias vezes.

-Nós sabemos disso. Não vamos te atrapalhar em nada. – ele disse e o seu companheiro concordou.

-Ótimo! – ela sorriu satisfeita.

Os dois policiais correram para o outro lado do pátio que estava um caos. Até que o mais experiente pegou o controle numero 2 e o apertou o botão. Um clarão foi visto. Elas estavam tão próximas da bomba, que a explosão as jogou para trás com brutalidade. Os ouvidos de Stacy zumbiam incomodamente. A cabeça de Miley doía, assim como os braços de Carrie e Catherine com a queda. Elas não podiam esperar alguma recuperação do tombo feio que levaram. Levantaram com dificuldade. A agressividade as deixou um pouco desnorteadas. Porém, o tempo corria para as suas liberdades. As quatro levantaram e passaram rapidamente pelo enorme buraco um pouco tontas.

-Boa sorte para vocês, garotas. Foi ótimo conhecer vocês. – Miley se pronunciou. Elas trocaram sorrisos extremamente animados com a liberdade recente, apesar dos ferimentos e a leve tontura.

-Boa sorte! – elas falaram uma para as outras antes de correrem em direções opostas. Logo seriam perseguidas e terão que arranjar um bom esconderijo.

Num quarteirão próximo, Nick esperava aflito num depósito abandonado. Os portões estavam levemente abertos. O suficiente para não se expor para quem passasse por ali, mas o bastante para que Miley pudesse saber por onde entrar. Haviam outras saídas pelo galpão, mas estavam todas fechadas.

Seu coração quase saltava de seu peito, não se aguentando de ansiedade. Ele queria tanto ver sua Miley novamente! Beijar aqueles lábios desenhados para a sua boca, a abraçar apertado e ouvir sua voz sedutora outra vez. Só de imaginar o seu reencontro, Nick ficou prestes a pirar de felicidade.

Mas e se ela se perder e não conseguir o achar? E se a Miley for pega? E se a rebelião for contida antes mesmo dela escapar? E se a fizerem algum mal?

Ele passou as mãos sobre o rosto, tentando se acalmar. Malditos pensamentos pessimistas! Mas ele não se aguentava. Nicholas tinha que vê-la de novo para saber que está tudo bem. Dane-se o estrago. Dane-se o caos que esse plano causou. Que o mundo acabe desde que eles estejam juntos.

No meio do caminho, Miley ouviu o barulho de viaturas chegando. Era provavelmente o reforço vindo para conter as fugas e a rebelião dentro da cadeia. Olhou para os lados rapidamente tentando achar algum atalho, mas não daria tempo para correr. Com medo que pudesse ser encontrada, ela escondeu por um tempo atrás de um grande carro que estava estacionado na calçada. Ofegante, ela se sentou um pouco no chão, com as costas encostadas no veículo até que tivesse certeza que não a veriam.

Ela encostou a cabeça na lataria, fechou os olhos e sentiu um sorriso se alargar no rosto, enquanto sua respiração se normalizava. Era inacreditável. Finalmente Miley daria o fora daquele lugar. O pesadelo acabou. Ela poderia viver em paz com o Nick e seu melhor amigo. Em paz...

Miley acordou de seus devaneios quando percebeu que as viaturas policiais já estavam distantes e que provavelmente ela já estaria fora de seu campo de visão. Levantou rapidamente com energia reposta e ainda com adrenalina correndo em suas veias. De lá, ela já avistava o enorme galpão abandonado, como Chad havia contado. Não perdeu tempo e correu até lá. A ansiedade era tanta que ela até mesmo se esqueceu de verificar a sua volta, por segurança.

Chegando lá, ela avistou as enormes portas enferrujadas encostadas, como já era esperado. Ela levou suas mãos trêmulas de nervosismo até uma delas e a abriu o suficiente para seu corpo passar. Dentro do enorme galpão, havia o Ashton Martin preto que já conhecia e o moreno irresistível encostado nele. Ela encarou aqueles olhos escuros de longe e soltou o ar, aliviada. Como se já não fosse possível, seu coração se agitou ainda mais entre suas costelas. Nick abriu um sorriso contagiante ao vê-la, que foi retribuído por ela.

                Sem querer esperar mais nenhum segundo, Miley correu até Nicholas. Seus braços fortes envolveram o seu corpo no mesmo instante. Em um impulso, Miley pulou para o seu colo e envolveu suas pernas ao redor do seu quadril. Com uma pressa incontrolável, seus lábios se juntaram em um beijo. Quando sentiu a língua de seu namorado tocar a sua, Miley achou que estava prestes a derreter ali mesmo. Parecia mais que eles não se viam há décadas. A saudade era tanta que Nick havia se esquecido de como era bom beijar a sua encrenqueira de novo.

                Deus, como ele é cheiroso! , Miley pensou. Aquele seu perfume cítrico e marcante era a única coisa que seu nariz conseguia capturar. Seus dedos delicados sentiam a textura macia dos cachos castanhos de Nick, enquanto eles tentavam segurar o máximo de fôlego daquele beijo longo e urgente. Mas infelizmente, eles tiveram que separar as suas bocas para poder respirar. Hesitante em separar mais uma vez da boca do seu namorado, Miley deu pequenos beijinhos e mordidas nos lábios de Nick. Então, os dois abriram os olhos voltando para a realidade. Quando seus olhares se encontraram, os dois riram da própria pressa e afobação.

                -Senti tanto a sua falta, Nick... – ela disse passeando mãos pelos seus braços e observando cada detalhe do seu rosto.

                -Eu também, Miles. – ele disse admirando o azul intenso dos seus olhos. Nick colocou uma mecha do seu cabelo que estava no seu rosto atrás da orelha. Seus dedos deslizaram da sua orelha até a bochecha num carinho. – Você não faz ideia como! – ele deu mais um beijo nos seus lábios. – Eu adoraria ficar aqui o dia inteiro te beijando, mas a gente não pode demorar. Tem um jatinho nos esperando. – ele piscou para ela, carregando um sorriso sedutor. 

                -Jatinho? Essa parte eu não sei. Para onde nós vamos? – Miles perguntou, curiosa.

                -Surpresa. – Nick disse com ar de divertimento. – Agora vamos logo. – ele a colocou no chão. – Eu comprei umas roupas novas para você. Tem uma ali no carro. Você não pode aparecer com essa roupa de presidiária lá, né? Ah, e também tem uma peruca para disfarçar.

                -Hum... Você pensou mesmo em tudo, hein! – ela elogiou orgulhosa. – Assim eu acho que vou ter que te chamar para mais alguns golpes. – ela brincou e ele riu. – Tudo bem, eu me troco dentro do carro mesmo enquanto você dirige para gente não perder tempo.

 No caminho para o aeroporto particular e já bem distante do presídio, Nick não economizava na velocidade do seu carro de corrida. Ele estava ansioso para essa viagem logo. Finalmente vai poder matar saudade da sua Miles.  Já de roupa trocada, Miley passou desastradamente para o banco da frente fazendo Nick rir.

-E então? – ela perguntou, brincando com a peruca loira e curta na sua mão. – Não vai me contar para onde vamos? – insistiu.

-Você não vai me deixar quieto até eu dizer não, é? – ele perguntou. Ela balançou a cabeça em afirmação. – Tudo bem... Nós vamos para uma casa de praia na Itália. Ela agora é minha.

-Nós vamos morar numa casa de praia? – Miley perguntou entusiasmada.

Ele assentiu. – Só nós dois. – ele abriu um sorrisinho sapeca que Miley achou graça. – O Chad vai para lá também. Mas um pouco depois de nós dois porque ele ainda é seu advogado e se ele for embora do país no dia da sua “morte” vai ficar meio estranho pro lado dele.  A gente arranjou um dinheiro para comprar um apartamento que a gente já pesquisou para ele morar por lá, também.

-Nós vamos para Itália! – ela gritou comemorando e jogou a peruca para o alto.

Miley puxou a nuca do seu namorado para mais um beijo. Aqueles lábios avermelhados e sedutores que a faziam ofegar. Distraído com o beijo caloroso de Miles, Nick se esqueceu de um pouco do transito e o Ashton Martin fez um ziguezague na pista, puxando a sua atenção novamente.

-Desse jeito a gente não vai conseguir chegar nem no avião. – Nick comentou com os olhos direcionados no transito de novo e ouviu uma risadinha baixa dela. – Sua encrenqueira.

FIM
"Onde você vai, eu vou
O que você vê, eu vejo
Sei que nunca serei eu
Sem a segurança
De seus braços amorosos
Me mantendo longe do perigo
Coloque sua mão na minha
E estaremos de pé

 
Deixe o céu cair
Quando desmoronar
Estaremos de pé, orgulhosos
E iremos encarar a tudo
Juntos

 
Deixe o céu cair
Quando desmoronar
Estaremos de pé, orgulhosos
E iremos encarar a tudo
Juntos
Ao cair do céu"
 
 
É isso meu povo, é um fim da primeira temporada :') Espero que tenham gostando!
 
Nossa, nem acredito que estamos prestes a começar a segunda temporada! Muito obrigada a todas que me incentivaram a cada capítulo deixando pelo menos um comentáriozinho pequeno, mas que significou muito para mim, para me ajudar a continuar com essa história. Quero dedicar esse capítulo para todas vocês, mas especialmente para Amy Jonas e Livia que me acompanharam desde do primeiro capítulo lá do Nyah até agora. <3 Obrigada por tudo, meninas!
 
Então é isso. Nos vemos na segunda temporada! E... É ITÁLIA BABY! hahahahaha Entendedores entederão ;D kkkkkkkkkkkkk
 
Já que terminei a primeira temporada, eu gostaria muitão que eu começasse com a segunda com as minhas antigas leitoras e novas carinhas por aqui. Será que vocês podem divulgar nos blogs de vocês? :D Obrigada desde já para quem fizer esse favorzinho para mim!
Enfim, eu já estou com a sinopse e o prólogo prontos. Eu estou bem ansiosa para postar, mas eu vou ser chata e vou fazer uma meta: quando tiver 10 comentários nesse post, postarei a sinopse e o prólogo da nova temporada ;)
10 comentário, hein! Não estou pedindo muita coisa. Vamos parar de preguiça e mexer esse dedinhos! kkkkkkk
 
Beijinhos
 
 
 

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Capítulo 35 - Riot (PENÚLTIMO CAPÍTULO DA TEMPORADA)

Oi poooovo! Tudo bem com vocês?
Ai cara, eu to muito animada. Estamos no finalzinho da primeira temporada!!! *-* Ok, vou parar de falar e deixar vocês lerem. A gente se vê nas notas lá embaixo.

Boa leitura!


Flashback on
Chad Narrando

 

                Estava bem fresco em Londres enquanto eu e Miley caminhávamos pela calçada movimentada. Eu já carregava um bando de sacolas de lojas de roupas que ela me fez carregar. Digamos que estamos em fase de “metamorfose” de identidades da Miley. Daqui a poucos dias, nós nos mudaríamos para Madrid para dar mais um golpe.

Finalizamos mais um golpe há pouco tempo, numa cidade inglesa chamada Manchester. A sua ultima vítima foi um roqueiro bem no estilo rebelde sem causa. Então, consequentemente, ela teve que se adequar aos padrões de estilo e beleza do cara. Enfim, o pobre coitado não teve um bom fim. Morreu num acidente forjado de carro com todas as testemunhas que poderiam nos comprometer.

Enquanto a Miles andava um pouco mais a frente, eu a observava atentamente. Ela ainda estava com os cabelos vermelhos,carregava várias pulseiras e uma blusa curta o suficiente para deixar amostra a sua tatuagem que ficava acima do cós da calça, um resultado acidental de uma noite de muita bebida, mas que se encaixou muito bem nessa situação. Uma inconfundível roqueira. Apesar dela ter entrado bem nessa nova identidade por causa do golpe, eu adorei esse visual mais ousado. Combina muito bem com a sua personalidade forte. Confesso que me fez atrair mais atenção para a sua sensualidade. Quer dizer, eu sempre a vi como uma amiga e uma garota de com pensamentos e atitudes fortes. Mas agora eu vejo o seu lado mais... Mulher. Ultimamente eu havia percebido como ela é atraente. Em todos os quesitos: tanto de aparência, quanto de atitude.

-Ei Chad! – Miley me chamou atenção, me fazendo parar de andar. – Vamos nessa aqui. – ela apontou para a loja a sua frente.

-Ok. Ultima loja dessa vez! Não aguento mais ver roupa de mulher. – a minha resposta a fez rir.

-Tudo bem. Eu detesto ficar rodeada de patricinhas, mesmo. – ela disse adentrando a loja. Duas amigas que estavam por perto ouviram o suficiente para a olhar feio. – Enfim, você sabe que eu não vou poder gastar meu tempo comprando mais roupas quando estivermos lá, né?

-Ta bom, ta bom... Vai lá! – eu a apressei.

Eu me sentei em um dos pufes da loja, esperando a Miley escolher as suas novas roupas.  Alguns minutos depois ela foi experimentar as novas peças na cabine. Deixei as outras sacolas no chão e relaxei mais um pouco. Percebi um olhar que vinha para minha direção. Era uma garota loira que me fitava de um jeito que eu já sabia muito bem seus interesses. Ela mordeu o lábio inferior quando percebeu que eu a olhava. Logo depois abriu um sorrisinho. Eu sorri de volta, mas eu não estava a fim de flertar com alguém hoje, por isso decidi não puxar assunto.

-Chad! –ouvi a voz de Miley me chamar lá da cabine. – Você pode vir aqui um estante?

-Não. – eu respondi de brincadeira.

-Há-há. Você está piadista hoje, né? – ela respondeu irônica.

-Você pode vigiar essas sacolas para mim? – eu perguntei com uma voz mais sedutora para a garota que estava me olhando.

Ela abriu mais o seu sorriso. – Claro!

-Obrigado. – eu dei um sorriso simpático e pisquei. Suas bochechas ficaram levemente avermelhadas.

-De nada! 

Eu caminhei até a porta em que ela estava e cruzei os braços.

-O que você quer, sua marrenta? – eu perguntei para a Miley.

Então, logo em seguida, ela abriu a porta da cabine e revelou um vestido justo azul escuro em seu corpo. Puta merda.

Miles deu uma volta para mostrar a peça e simplesmente quase perdi o ar com a visão a minha frente. Aquele vestido curto cobria o seu corpo o suficiente para não ficar vulgar, mas revelava o suficiente para deixar qualquer cara de quatro. As suas curvas estavam muito bem valorizadas nele e aquela cor combinava com os seus olhos. Ela estava espetacular.

-Ficou bom? Eu gosto desse vestido, mas sabe como é, né? Família mais tradicional... Tenho que ser mais comportada e fofinha...  – ela começou a falar das possibilidades de uso dele, mas eu não dei muita importância nesses detalhes.

-Se você não levar esse vestido, eu mesmo compro e te forço a usar. Ele foi feito para você. – eu a interrompi. E ela se virou e encarou o espelho, para checar mais uma vez.

-Tem razão. – ela disse ajeitando o que nem tinha mais que ajeitar na roupa. Eu não pude impedir os meus olhos a descer pelo seu corpo até a sua bunda. Droga, Miley, você não tinha um corpo assim tão tentador. Então ela se virou para mim.

-Eu vou provar o ultimo, mas espera aqui em frente. – ela pediu e fechou a porta. Eu continuei esperando parado em frente à cabine enquanto Miley experimentava mais outro vestido.

Eu respirei fundo e passei as mãos pelos meus cabelos. Que merda de desejo é esse que eu tenho sentido por ela? Miley sempre foi como uma amiga para mim. Quer dizer, ainda é. Mas algumas vezes ela me atrai tanto que chega a me desnortear. Eu sempre fui atraído por mulheres um pouco mais velhas, mas alguma coisa na Miley tem me chamado a atenção. Muita atenção.

Acordando de meus pensamentos, ela abriu a porta novamente e se virou para mim, apontando para as próprias costas. Ela vestia um vestido mais comportado e delicado todo branco, mas na parte de trás, o zíper ainda estava aberto, deixando um bom pedaço de pele amostra. Suas costas desnudas viradas para mim.

-Fecha para mim. – ela pediu, colocando o seu cabelo por cima do ombro. – Eu não consigo alcançar até o topo.

-Está de brincadeira comigo, né? – eu pensei alto.

-O que? – ela perguntou, não entendendo o murmuro que acabei de falar.

-Nada.

Eu me aproximei, o suficiente para sentir o cheiro do seu perfume, e puxei o zíper lentamente para cima, me controlando mentalmente, até fechar por completo a peça. Meu coração disparado me deixava incomodado, como se o barulho de suas batidas fortes pudessem ser ouvidas por ela. Miley jogou os seus cabelos ruivos de volta para trás e continuou encarando o espelho. Levei meus olhos para o espelho também, e vi a Miley abrir um sorriso.

-O que houve? – eu perguntei.

-Esse vestido é tão delicado que chega a ser meio irônico me ver com ele. – ela comentou.

-Concordo. – eu disse rindo um pouco. – Mas leva ele. Essa que é intenção, mostrar tudo o que você não é.

-Você está falando que eu não sou delicada? – ela perguntou, querendo parecer ofendida.

-Quer mesmo que eu responda? – eu perguntei sarcástico, conseguindo arrancar uma risada dela. Eu adoro ouvir sua risada.

Talvez lá no fundo, o real motivo é poder abrir e fechar aquele vestido nela toda vez que tiver que usá-lo. Mas isso não é necessário ser dito.

Flaskbackoff

Flashback on

Chad Narrando

Despertei do meu sono leve, quando ouvi um barulho estranho vindo da sala. Alguma coisa havia caído. Levado pela minha curiosidade, eu levantei e fui até lá para saberquem é que está lá há essa hora. Será que era Steve ou a Miley querendo sair agora? Desci as escadas, e me deparei com a Miley jogada no sofá com o seu baby doll e com uma garrafa de Vodka na mão. Um vaso que antes estava na mesinha de centro ao lado do sofá, estava quebrado no chão.

-Merda de vaso. Nem era para ele estar ali. – ela resmungou. – Desculpa se eu te acordei, não é nada demais. Volta para o seu quarto. – a sua voz parecia um pouco mais embargada do que o comum.

-Bebendo mais uma vez na madrugada, Miley? – eu perguntei, ignorando o seu pedido e caminhando até ela.

-Eu não consigo dormir. Isso aqui me ajuda. – ela apontou para a garrafa e tomou mais um gole.

Típicos pesadelos. Miley tem alguns frequentemente. A maioria são relacionadas às merdas que o Paul fez, como os dias que ela teve que passar no sanatório. Pelo que ela me disse é uma das piores lembranças daquela época. Senti raiva ao lembrar o que aquele homem foi capaz de fazer a Miles. Aquele filho da puta ainda vai pagar pelo que fez.

Caminhei até o sofá, levantei as suas pernas, e me sentei no lugar. Coloquei as pernas dela de volta no meu colo, as acariciando de leve.

-Está tudo bem com você? – eu perguntei. Ela balançou a cabeça em afirmação, levantando o seu tronco e ficando sentada para ficar na minha altura.

-Você sabe, aqueles mesmos problemas. Mas nada para se preocupar. – geralmente ela não gosta muito de falar sobre isso, então eu decidi não tocar no assunto hoje. Quando a Miley começou a levar a garrafa para a sua boca novamente, eu a peguei de sua mão, ouvindo um xingamento baixo vindo dela. Virei a garrafa, tomando um gole grande.

-Se algum de nós tiver de ficar bêbado, que fiquemos os dois juntos. Pelo menos assim a gente arruma alguma história para contar. – eu falei. Provavelmente ela deve ter lembrado todas as besteiras que fez quando nós dois decidíamos beber juntos, porque ela sorriu. Senti um alívio em conseguir quebrar o clima ruim.

-Ah, não! Fazer uma tatuagem dói muito. Não quero fazer outra.

-Eu te garanto que dessa vez a gente não vai para um estúdio de tatuagem porque já deve estar fechada há um bom tempo. – eu tomei mais dois goles e entreguei a garrafa de volta para Miley.

-Bom sinal.

Depois de mais alguns goles, Miley estava um pouco mais solta porque ria de qualquer coisa que eu dizia. Eu estava um pouco bêbado, mas não a ponto de ficar risonho.

-Chad... – ela cantarolou meu nome. -Vou voltar pro quarto. Esse sofá é meio desconfortável. – ela levantou, mas vacilou um pouco.

-Ei! Eu vou com você, se não é bem capaz de você conseguir pisar num caco desse vaso ou sair rolando na escada. – eu disse a segurando pela cintura. Eu tava um pouco tonto, mas ainda conseguia andar normalmente.

-Tá bom, então a gente continua com a sessão revelações constrangedoras lá. Sem se esquecer dele. – ela pegou a garrafa que ainda tinha um pouco da bebida e a abraçou.

-É claro! A gente não pode se esquecer dele! Como eu conseguiria arrancar mais segredos sobre você sem esse camarada aí? – eu comentei e soltei um riso.

-Eu sou um livro aberto, Chad. Você sabe tudo sobre mim. Você é que às vezes fica cheio de segredinhos. – ela respondeu dando alguns passos um pouco mais firmes, e eu fui a seguindo. – Acho que quem precisa beber mais um pouquinho aqui é você!

-Um pouquinho você quer dizer quanto? – eu perguntei com um braço em volta do seu corpo quando chegamos até a escada, para dá-l a mais sustento para subir. Ela olhou para mim. O seu rosto bem próximo do meu.

-O que for preciso para contar alguma coisa bem constrangedora. – ela sussurrou cúmplice e depois piscou. Ela disse perto o bastante para sentir o seu hálito batendo em mim. Devo confessar para mim mesmo que era tentador beijá-la agora.

-Se você conseguir arrancar alguma coisa de mim. – eu sussurrei de volta. Ela sorriu.

Então Miley começou a subir os degraus junto comigo. Um de seus braços estava por cima dos meus ombros, para ter mais apoio. Alguns passos ela falhava durante a subida, mas não chegou a vacilar, graças a mim, que também não estava assim tão firme em alguns passos, mas o suficiente para não cairmos à escada abaixo. Então chegamos ao segundo andar.

Entramos no seu quarto e ela rapidamente se jogou na sua cama e eu me sentei ao seu lado. Sua blusa levantou um pouco revelando a sua barriga lisa, mas logo ela rolou sobre o colchão e ficou me encarando.

-E então? – ela me entregou a garrafa de bebida. Eu tomei mais um gole sem tirar os olhos dela.

-Então, o que? – eu perguntei num tom de voz baixo.

-Está preparado para mais uma pergunta? – eu assenti. Nós estávamos questionando coisas um ao outro com perguntas que nenhum de nós teria coragem de responder sóbrio. Estava até divertido lá embaixo, mas aqui e agora com a Miley me fitando desse jeito, chega a ser tenso. – Você já se apaixonou por alguém? E por quem?

Eu soltei uma risada baixa. – É claro que n... – eu levantei meu olhar para ela. Aqueles dois globos azuis intensos e expressivos, eles tentavam desvendar o que se passava pela minha cabeça. Ela estava deitada de um jeito involuntariamente sexy. Ela era como uma maldita ninfa que encanta os homens.

Ainda bem que pessoas não conseguem ler pensamentos. Bom, mas infelizmente conseguem ver ereções, então é melhor segurar a onda.

-Você ainda não respondeu. – ela insistiu. – Por caso o loiro durão e machão já teve o coração roubado por alguém? – sua voz soou aveludada. O meu coração acelerou.

-Não. – respondi mantendo a firmeza na voz quando vi um olhar desconfiado dela.

-Droga, nem isso, Chad? Quero saber alguma coisa de você!

-Já fui corno. Isso conta? – eu perguntei num tom de brincadeira. Era verdade, mas não guardo mágoas. Ainda mais porque eu nunca tive um afeto muito grande pela Sabrina, minha ex.

Miley gargalhou. – Você só pode estar brincando. Você sempre que foi o cafajeste!

- Nossa, Miles. Muito obrigado pela parte que me toca. – eu me fingi de ofendido.

- Ela só poderia ser louca por trocar você por outro cara. – ela levantou e se sentou a minha frente. Miley arrancou a garrafa de Whisky da minha mão e tomou um gole. 

-É mesmo, é? – eu perguntei baixo, por conta da proximidade.

-Claro.  – ela assentiu antes de mais outro gole. Uma gota da bebida escapou de sua boca, deslizando do canto dos seus lábios carnudos até o seu queixo. Eu me aproximei, ignorando a leve tontura, e sequei o seu queixo com o polegar.

Minha atenção desviou para a sua boca, que foi contornada pelo meu dedo lentamente. Miley apenas me observava parada, sentindo o meu polegar escorregar pelos seus lábios. Nossos olhos se encontraram. Um desejo consentido por nós dois foi deixado claro nesse momento. Ela é tão tentadora. E sinceramente, eu não tenho a mínima vontade de tentar resistir. Puxei seu queixo até mim e encostei seus lábios nos meus lentamente. Eles eram macios e carnudos. Suguei levemente seu lábio inferior e logo depois juntei nossas bocas em um beijo. Ela deu passagem para a minha língua tocar a sua, retribuindo o beijo da mesma forma.

Então nos separamos do beijo e nos encaramos. Isso nunca era para acontecer. Ela é aquela Miley, minha amiga, não mais outra aventura de uma noite. Miley estava com a respiração pesada ainda surpresa com o que acabamos de fazer. Quem eu quero enganar? Ela ainda continua gostosa.

-Foda-se. – eu murmurei sem conseguir mais me conter.

Eu a puxei pela cintura, a fazendo se sentar em meu colo, e voltamos ao beijo com muito mais desespero do que antes. Nossas línguas voltaram numa carícia enquanto minha mão passeava por todo o seu corpo sem censura e Miley arranhava as minhas costas. Depois de alguns minutos de troca de carícias e beijos, me joguei com ela em direção à cama.

Deitei sobre seu corpo delicado e ao mesmo tempo sedutor, sem desgrudar a sua boca na minha. As nossas roupas ainda impediam as nossas peles de se tocarem, mas que brevemente vão sumir da minha vista. Eu apertei a sua coxa que envolveu o meu quadril, me forçando ainda mais contra a sua virilha.

-Você é tão sexy. – eu disse, ofegante, olhando no azul de seus olhos e ao mesmo tempo em que acariciava o seu rosto. –Você não tem ideia como. – sussurrei antes de voltar ao mais um beijo ardente.

Flashback off

Miley Narrando

O meu queixo quase foi ao chão quando eu acabei de assimilar o que o Chad acabou de falar. Eu sei que tivemos um momento de recaída, mas foi um acidente. Quer dizer, estávamos bêbados e com uma carência sexual discutível. Eu nunca imaginei que a partir desse momento acidental, ele estaria apaixonado por mim.

-Mas... Mas se tudo começou a partir daquele dia... Eu deixei bem claro para você no dia seguinte que não queria que nos envolvêssemos além da nossa amizade. E eu lembro que você aceitou numa boa. – eu comecei a me explicar. Ainda estava atônita demais. Eu estava quase me esquecendo desse episódio. Eu ainda o via como amigo.

-Mesmo se não tivesse acontecido, eu acho que ainda me apaixonaria por você. Quer dizer, eu comecei a perceber que nutria alguma coisa fora do comum. E aquela noite, só me fez abrir o olhos para perceber o quanto eu te queria.

-Por que você não me disse isso antes?

-Porque eu estava esperando tudo isso de golpe acabar. Tanto que você não queria se envolver em relacionamento nenhum até os nossos planos acabarem, porque você queria focar somente neles. Eu te entendia, então decidi só tentar começar alguma coisa depois que fossemos embora de LA. Sabe, depois do golpe contra o Paul. – ele respirou fundo e soltou o ar pesadamente. – Até eu descobrir que você estava com o Jonas. – Chad disse o sobrenome do Nick com um pouco de rancor. 

-Ele não é o culpado disso, Chad. –eu falei, tentando manter a calma. – Eu sempre te considerei como meu amigo.

-Mas se não fosse ele, talvez agora a gente estaria longe daqui. E talvez você poderia ter pensado em me dar uma chance. Mas quer saber? Eu não o odeio. Nós dois temos o mesmo objetivo agora que é tirar você daqui. Falando nisso, eu estou aqui para falar sobre a sua fuga. Depois nos resolvemos nesse assunto. Temos pouco tempo. – Chad mudou de assunto com o semblante sério.

-Eu ainda acho isso arriscado demais. – eu insisti.

-Pára de pensar no que pode acontecer com a gente, ok? Nós dois sabemos nos riscos e queremos enfrentá-los. Agora é hora você pensar em si mesma. Você tem que confiar no nosso plano, Miles.

Meu coração acelerou só em pensar na liberdade de volta. Ir embora para bem longe daqui. Recomeçar do zero. Mordi o meu lábio.

-É óbvio que eu quero!

Ele abriu um sorriso enorme. – Então vamos ao que interessa!

Chad explicou o máximo de detalhes possível do seu plano. É bem arriscado, mas como ele disse, realmente se der certo, não tem como ninguém me trazer de novo para esse lugar. Ele tentaria me visitar ainda amanhã ou depois de amanhã para dar a continuação do plano. Eu falei tudo o que eu sabia sobre como funcionam as coisas aqui na cadeia, para ajudá-lo a organizar melhor a fuga.

-Isso vai sair melhor do que encomenda. – ele disse ainda com um sorriso no rosto. – Já se considere livre, Miles.

Nick Narrando

Eu dedilhava um pouco da minha guitarra um pouco pensativo, quando eu fui acordado de meus devaneios quando eu ouvi a porta sendo aberta e o Brian entrou de supetão em meu quarto. Esse cara é muito folgado!

-E aí, Nick? – ele disse se jogando na minha cama. – Como é que você está, hein?

-Você já deve imaginar como. – eu respondi frio.

-Cara, eu sei que você está apaixonado e tudo mais... Eu não posso dizer que dá para esquecer de um dia pro outro, mas Nick, você vai precisar botar a vida para frente! Não dá para ficar sofrendo pelos cantos como você está. – ele disse se apoiando com mãos sobre a cama.

-O que você vai falar agora? Que ela é uma criminosa dissimulada que não merece o meu amor? – eu perguntei sarcástico.

-Não. – ele respondeu firme. – E para de agir como um imbecil, porque eu estou falando direito e muito sério com você!

Pior que ele tinha razão. Eu não podia descontar tudo o que eu estava sentindo em pessoas que não tinham nada a ver com isso. Ainda mais ele que está tentando me ajudar a me botar mais pra cima. Ás vezes eu tenho que relembrar que ele não tem nenhuma noção do que realmente aconteceu entre eu e Miley. Eu bufei em rendição.

-Desculpa, tá bom? Só que... é muita coisa para mim.

-Está tudo bem. - ele respondeu compreensivo.  – Eu sei que ela quis poupar a sua vida naquele dia.  De repente ela estava mesmo arrependida do que fez.

Depois que eu ouvi isso sair da boca do meu amigo, eu abri um sorriso orgulhoso. – Brian, isso foi a coisa mais madura que já ouvi de você! Finalmente, cara!

Ele fechou a expressão em uma carranca. – Você está querendo dizer que eu não sou maduro?

Eu assenti com uma cara de deboche. Eu estava mesmo sentindo falta desse cara.

-Não é o que as minhas garotas dizem. –disse com ar de garanhão. Eu soltei uma risada.

-Não é esse amadurecimento que eu estava falando, mas deixa para lá. Já era de se imaginar que o momento “Brian sábio” não duraria muito.

-Mas eu conseguir te fazer rir pelo menos dessa vez. Mereço créditos!

A nossa conversa foi interrompida com umas leves batidas na porta.

-Pode abrir. – eu avisei.

Christine abriu a porta com um sorriso cordial para nós dois. Impecável como sempre, Chris estava arrumada como se estivesse prestes a ir para um desfile de moda.

-Hey, meninos! Desculpa interromper a conversa de vocês.

-Oi, Chris. – eu cumprimentei.

-Oi, senhora Jonas. Com todo o respeito, está linda hoje. – Brian a elogiou com uma falsa cara de anjinho. Sonso.

-Ah, obrigada Brian. – ela respondeu um pouco sem graça. –E eu já te disse para não me chamar de senhora. Faz eu me sentir uma velha. – ela fez um biquinho engraçado. – Enfim, o almoço já está pronto. Vocês vêm comer agora?

-Ah, sim! Eu estou morrendo de fome! – Brian respondeu antes que eu pudesse dizer que não. Até agora eu ainda não me sentei mais reunido a família para alguma coisa, muito menos para alguma refeição. Rolei os olhos. – Vamos, Nick. – ele me chamou já descendo da cama. – Depois a gente conversa mais quando sairmos.

-A gente vai sair? – eu pergunte sem saber de nada.

-É claro que sim. E não adianta nem protestar, senão eu te arrasto para fora daqui. Você está ficando feito um zumbi dentro dessa mansão.

Descemos até a sala de jantar. Joe e meu pai já estavam assentados à mesa, esperando por Christine. Acho que o fato de eu decidir ter uma refeição junto com eles os surpreenderam. Eles não esperavam que eu fosse realmente descer. Brian os cumprimentou educadamente antes de se sentar. Eu não falei nada, como se eu não tivesse percebido as suas presenças lá. Me sentei ao lado do meu amigo.

Então logo depois, o almoço foi servido. Chris e Brian puxavam conversa normalmente, enquanto um clima não muito bom pairava sobre mim e meu pai. Joe também entrava um pouco na conversa, mas não estava muito interessado no assunto. Eu vi uma troca de olhares suspeitas entre a minha madrasta e Paul. Ele suspirou pesadamente e finalmente ouvi a sua voz se dirigir a mim.

-Nick, eu não posso mais ignorar que você não se sente bem aqui. Você é meu filho e odeio ver isso acontecendo com você. – ele disse. Por mais que eu o odiasse, eu senti a sinceridade em sua voz.

-Você poderia ter me ajudado naquela forma que te pedi, mas você nem pensou nessa possibilidade. – eu respondi ríspido. Eu sabia que isso não o faria ceder, mas eu precisava continuar com a minha opinião a toda essa situação. Se essa conversa render, talvez eu consiga chegar onde eu quero.

-Seria falsidade minha ajudar aquela garota. Eu não quero alimentar mais nenhum envolvimento entre vocês dois. Ela não é boa para você. Mas não é sobre a Miley que eu quero falar agora.  

-É sobre o que? – eu perguntei curioso.

-Eu quero te dar um presente. Alguma coisa que faça nossa relação um pouco menos pior. Eu quero te dar a minha casa de praia lá da Itália. Eu acho que seria melhor para você viver um tempo por lá. – ele propôs um pouco cauteloso.

-Você quer me comprar com aquela casa? – eu perguntei num tom de voz mais alto, parecendo indignado. Só isso que eu tinha que fazer? Era exatamente isso que eu queria. Sinceramente, eu não imaginava que seria tão fácil. Eu nem ao menos toquei no assunto da casa!

-Não é isso, Nicholas! Eu quero te fazer essa proposta para você mudar um pouco de ambiente. Você, quer dizer, nós, passamos por tanta coisa nessa casa que talvez seja melhor para você morar num lugar mais diferente por um tempo, para esquecer tudo isso.

Eu o encarei por algum tempo, o analisando. Todos estavam em silêncio esperando a minha resposta.

-Nick, de maneira nenhuma queremos nos livrar de você ou comprar você. É para o seu bem . Tenta, pelo menos. Se não gostar de lá, você volta. – Christine se pronunciou.

Eu balancei a cabeça em concordância. –Tudo bem. Eu aceito. Mas não é pela casa. Eu só não aguento mais o clima desse lugar. – eu respondi.

Christine comemorou com umas palminhas. Joe continuou agindo normalmente, como se a minha mudança não fizesse muita diferença. O que é verdade, porque ficamos bastante tempo longe do outro por causa das viagens de trabalho dele. Então em Los Angeles ou na Itália, ficaríamos distantes do mesmo jeito. Brian me encorajou dizendo que pode ser legal  morar sozinho numa casa como aquela. Meu pai? Bom, ele não parecia tão alegre como Christine ou meu melhor amigo, mas ficou aparentemente satisfeito com a minha decisão.

-Eu queria ir junto com você. Sabe, bagunçar juntos lá fora seria muito legal. Mas você sabe que eu tenho a minha família aqui, e eu consegui uma bolsa para (universidade). Provavelmente eu não conseguiria uma lá. – disse Brian observando o lugar a sua volta. Estávamos naquele clube que costumamos freqüentar. Como se já era de se esperar, meu amigo que me forçou a vir. – Droga, eu vou sentir muita falta sua. A gente é amigo desde... Nem lembro mais quando.

-Mas você vai poder visitar sempre que quiser. Eu pago as suas passagens. – eu bati meu ombro no seu. Comecei a perceber que ele estava chateado. –Então pode tirar essa cara triste, porque o gayzinho deprimido daqui sou eu, ok? Não aceito concorrência.

Ele soltou uma risada baixa. – Você é mesmo. Obrigado, Nick. Eu vou deixar você pobre de tanto te fazer pagar pelas minhas viagens pra lá. Vou te visitar sempre e você sabe que eu to falando sério.

-Eu sei que você ta falando sério. – eu sorri – Eu não me importo em falir meu pai para ver meu melhor amigo.

- Ah! Pega a metade da população feminina daquela cidade por mim, por favor. Mulheres sempre gostam de estrangeiros e eu ficaria muito orgulhoso de você.

Eu não pude evitar de rir com o seu pedido. – Ok, eu vou me esforçar.

Meu celular tocou, interrompendo nossa conversa. Eu não me importei muito em olhar o identificador e atendi logo de uma vez.

-Alô?

-Nick? Sou eu. – era voz do Chad. Provavelmente era alguma coisa sobre a visita que ele fez a Miley.

Eu me virei para o Brian, tapei o microfone do celular e sussurrei dizendo que era o investigador de novo. Ele assentiu e me disse que iria comprar alguma coisa para beber. Eu me sentia um pouco mal de esconder isso dele, mas eu não quero que sobre para ele, se der alguma coisa errada. Agora que eu estava sozinho, eu continuei a falar com o Chad.

-Você nem vai acreditar. Eu não precisei pedir para o meu pai. Ele me ofereceu hoje aquela casa na praia.

-Ótimo! Menos uma preocupação.

-E então? – eu perguntei ansioso. – Você falou com ela?

-Falei. Ela demorou um pouco para aceitar a proposta. Miley disse que era loucura nossa, mas depois acabou aceitando e conseguindo mais confiança quando eu contei o que nós faríamos. Nick, vai ser muito mais fácil do que imaginávamos. O xerife daquela prisão, pelo jeito, tem um rolo com alguns traficantes de Los Angeles.

-Acho que tudo está conspirando ao nosso favor. – eu comentei satisfeito.

-É mesmo... Ah! Eu acho que vou visitá-la de novo amanhã ou depois. Então eu preciso me encontrar com você antes disso.

-Ok. Eu estou ocupado agora, mas quando eu puder, eu te ligo ainda hoje.

-Tá bom. Até mais tarde.

-Tchau, até mais.

Eu desliguei no momento em que o Brian voltava com duas garrafas de Ice na mão. Por pouco!

-Como é que você conseguiu isso? – apontei para as garrafas em suas mãos.

-Identidade falsa. Esqueceu que eu sempre carrego? – ele estendeu uma das garrafas para mim. – Vai querer ou não?

Miley Narrando

O alvoroço das minhas colegas de cela chamou atenção de muitas presidiárias ao nosso redor. Estávamos do lado de fora da prisão, tomando o banho diário de sol. E qual era o motivo da agitação? Bom, eu carregava aquele delicado colar de ouro branco que carregava o pingente de safira azul. Sim, aquele colar. Eu não sei como, os policiais deixaram que o Chad me entregasse. De acordo com ele, era uma joia de valor muito sentimental para mim. Isso era verdade, mas ele disse que era um presente antigo da minha avó para não levar suspeitas. Permitiram que eu usasse ele aqui, mas avisaram que não teriam responsabilidade em caso de algum furto.

 Pelo visto, Chad teve uma conversa muito boa com o xerife para eu ter esse privilégio de usar o colar aqui. Não é muito comum ver alguma presidiária usando um bem material tão valioso quanto o meu. E é claro que isso atraiu olhares até mesmo das policiais que ficam de guarda ao nosso redor.

-Então, foi a sua avó mesmo que deu para você? Não sei, depois que você chegou com ele no pescoço carrega um sorrisinho bem suspeito no rosto. – Catherine comentou com uma expressão maliciosa.

-Também acho que tem algum homem nessa história. – Carrie falou ainda observando a minha joia. Tiffany concordou com um balanço de cabeça. – Você não me engana, ok? – completou.

-Vocês são fofoqueiras, hein! – eu protestei. Carrie deu de ombros. – Tá bom... É um presente de um cara. – eu confessei, brincando com o pingente. – Mas vocês não podem deixar que os policiais saibam. Meu advogado disse que era da minha avó. Não quero que suspeitem de alguma coisa sobre ele, entendeu?

-Pode deixar. Ninguém liga sobre o que as presidiárias falam mesmo. – Tiffany disse indiferente. – Se contássemos para alguém de lá, eles nem dariam ouvidos.

-Ele é algum dos caras da sua quadrilha? – Catherine perguntou curiosa.

-Não, mas eu não quero que sobre alguma coisa para ele. Vocês sabem que ainda estão investigando possíveis aliados meus nesse golpe e que estão desconfiados de tudo.

-Hum... Você está tão preocupada com a segurança dele... Acho que alguém roubou o coraçãozinho dessa golpista! – a morena brincou. Eu sorri meio sem graça, enquanto as outras entraram na brincadeira. 

-Posso saber que galinhagem toda é essa? – uma voz autoritária, que deixa meus nervos aflorados, nos interrompeu. A vadia da Tessa estava demorando para perturbar a paz alheia.

-Nada que lhe convém. – Tiffany respondeu seca. – Volta para sua ganguezinha de merda.

-Cala a boca, gótica. – ela empurrou a Tiffany para o lado, abrindo mais a passagem até mim. Tessa me avaliou de cima a baixo com indiferença e voltou o seu olhar para o meu colar. -Você teve que pagar boquete para quantos policiais para conseguir isso, hein? – perguntou amarga e cruzou os braços. A inveja brilhava em seus olhos.

-Eu ganhei de presente. Eu sei que para você é meio impossível porque para conseguir alguma coisa você deve ter feito muitos programas, né? – eu soltei uma risada sarcástica. – Querida, eu ganhei isso aqui porque valho a pena. Sabe, eu costumava a frequentar e lidar com pessoas de alto nível. Mas não te culpo por não ter noção do que é isso. Fazer o que, né?

-Acho melhor lavar essa boca suja antes de falar de mim desse jeito, senão eu sujo mais ainda de sangue.  – ela começou a se exaltar.

-Do mesmo jeito que você fez no refeitório? Ou do jeito que eu te bati? – eu continuei com um sorrisinho provocador nos lábios. –Bom, independente se você quer apanhar de novo ou não, eu não estou com vontade de ficar na solitária de novo. Então vai abaixando a crista aí.

-Você está muito metidinha para meu gosto, Cyrus. – ela disse me encarando raivosa. Se aproximou de mim e apontou o indicador para minha direção. – Mas quem manda nessa merda sou eu.

-É... Eu to vendo. – comentei aparentemente entediada.

-Me dá esse colar. – Tessa disse num tom de voz baixo, mas autoritário.

-Não dá para ela, Miley. – Carrie me encorajou. – Vai procurar outro para perturbar, sua vaca invejosa. – a baixinha empurrou Tessa.

-Me dá essa porra, senão eu acabo com sua raça agora, mesmo! – ela levantou a voz, ignorando a Carrie.

Eu encarei as outras colegas de Tessa, que nos observava de longe, mas prontas para qualquer briga. Olhei em volta as minhas colegas de cela, que não queriam deixar que eu me submeta.

-Vem pegar. – eu provoquei.

Tessa tentou avançar, mas Tiffany e Catherine a seguraram. Ela se rebatia contra os braços das meninas. Ela estava irada por simplesmente eu não me submeter a ela. Acho que ela me via como uma ameaça a sua autoridade aqui na cadeia. Que eu poderia tirar o seu posto de chefona. É por isso que ela quer o meu colar. Eu não pude evitar de deixar escapar um sorriso satisfeito.

-Você é tão baixa, Tessa... Tudo isso por causa de uma joia? – eu perguntei debochada, cruzando os braços. Ela me lançou um olhar raivoso.

Ela se soltou das minhas colegas de cela, sem tirar o sua atenção de mim. As suas amigas se aproximaram mais um pouco, em alerta para qualquer confusão entre nós duas. Eu dei alguns passos em sua direção. Ela não recuou. Ela estava pronta para cair no tapa comigo. Eu odiei ter que fazer isso, mas era preciso. Levei minhas mãos até o fecho do colar e o soltei do meu pescoço. Estendi a sua direção. Tentei não olhar diretamente para joia, para não me arrepender.

-Acho que você está precisando mais do que eu, né? Eu não tenho esse desespero todo só por causa disso. Tenho muito mais deles lá fora. – eu disse arrogante. Tessa me encarou amargada. Ela sentiu o desprezo em minha voz, mas mesmo assim pegou o colar de minha mão.

Ela o colocou na minha frente. Meu coração pulava de raiva ao ver aquele pingente tão lindo pendurado naquela mulherzinha. Tessa estava me testando. Ela queria realmente sabia se eu voltaria atrás. Ela abriu um sorriso vitorioso para mim. Eu fiz o esforço de transparecer que eu não me importava. E deu certo. Minhas colegas de cela me encararam perplexas, igualmente a reação das outras valentonas em volta.

-Ficou lindo em mim, não ficou? – ela perguntou provocativa.

-Essa joia delicada fez um ótimo contraste com a sua cara de puta barata. – respondi.

Ela tentou ignorar o meu comentário e só me encarou ameaçadora antes de se pronunciar para as suas companheiras.

-Vamos. – ela disse para as suas amigas, sem tirar os olhos de mim. Eu continuava visivelmente impassível. – Eu quero mostrar para essa gentalha que toda rainha merece uma joia a altura.

Uma semana depois...

Autora Narrando

O jovem Braison corria pela escada da aconchegante casa em Nashville, gritando para quem quisesse ouvir. Notícias nada boas estavam por vir, e seus irmãos também precisam saber.

-Gente, vem ver o noticiário! Rápido! – ele disse batendo com urgência na porta das irmãs e do seu irmão mais velho.

Algo errado havia ocorrido no presídio onde sua irmã do meio, Miley, estava. Alguma coisa muito grave estava acontecendo. Fazia pouco tempo que a família descobriu o paradeiro da Miley. E infelizmente descobriram da pior forma possível. Na televisão anunciou a condenação da morena pela tentativa de golpe e assassinato. Ela estava na casa dos Jonas. Ela não tinha desistido, pensaram eles quando souberam. Mas não era uma surpresa. Todos sabiam que mais cedo ou mais tarde ela realmente tomaria atitude para se vingar do Paul. Mas o que realmente os surpreendeu foi que ela matou o próprio tio, mas não tentou nenhum mal a alguém da família Jonas.  De qualquer jeito, a única e ultima informação que tiveram foi quando a Miles foi presa.

Não demorou muito para Noah, Brandi e Trace aparecerem no mesmo estado de alerta no corredor. Eles desceram rapidamente os degraus para não perder nenhuma informação importante.

-O que está acontecen...? – Tish surgiu na sala de estar confusa com a agitação súbita dos seus filhos. Brandi a lançou um olhar preocupado, o que já responde quem é o motivo desse comportamento.

-Está acontecendo uma confusão no presídio onde a Miley está. Lá está um caos. – Braison responde apontando para a cobertura feita pelos jornalistas.

Um sentimento avassalador e frio como gelo tomou conta da alma da mulher. Sabia que sua filha não estava bem.

Então todos se calaram e deixaram que apenas as vozes vindas da TV pudessem ecoar pela casa.

“Já se sabe o motivo de toda essa violência?” – perguntou o jornalista que se encontrava no estúdio. Então a câmera focou na outra repórter que estava próxima ao presídio. Não era muito visível o presídio em si, mas podiam ser vistas ambulâncias, um mar de viaturas policiais e dois caminhões de bombeiros.

“Sabe-se que foi uma rebelião das próprias prisioneiras. Com tudo planejado, um grupo grande conseguiu um contrabandeio de facas e em alguns casos até armas de fogo. Muitos incêndios foram feitos  em lugares isolados. Usaram qualquer coisa ao alcance que seja inflamável. Desde colchões e travesseiros até roupas. Enfim, qualquer coisa. Mas suspeitam-se que grandes e poderosos traficantes estejam por trás disso. Alguns dos incêndios foram feitos com bombas. Isso mesmo. Bombas dentro de um presídio! Elas foram usadas para abrir buracos nos muros do presídio para fugas. Muitas condenadas ainda estão foragidas. Os policiais não conseguiram controlar a situação. Eram muitas presidiárias contra poucos profissionais na área. Minutos depois, o reforço chegou e conseguiu manter o resto das presas dentro do estabelecimento e resgataram algumas fugitivas. O próprio xerife se pronunciou dizendo que haviam infiltrados que trabalhavam no local que se envolveu em um possível acordo entre criminosos de fora. “ 

“Pelo jeito a situação é bastante crítica, não é mesmo?”

“Sim. As ambulâncias não param de atender os diversos policiais feridos e presidiárias também. Houveram mortes. Dentre elas da condenada pelo crime mais recente e falado nas últimas semanas, Miley Cyrus. Um dos incêndios aconteceu na sua cela, quando a própria estava nela. Era horário de almoço, mas o corpo de Miley foi encontrado preso dentro da cela. Segundo testemunhas , ela tinham muitos desentendimentos  com um grupo de presidiárias. Especulam-se que esse grupo a trancou e incendiou o lugar enquanto a rebelião começava do lado de fora, no pátio. O que não é tão incomum de acontecer em esse tipo de confusão. Grupos provocam terror para demonstrar poder para os demais.”

Paul sentou-se atônito em seu sofá enquanto digeria as palavras chocantes ditas pela repórter. Miley estava morta. Era surreal demais para acreditar. Paul não conseguiu nem mesmo reagir. Um sentimento caiu sobre sua cabeça e o esmagou. Culpa. Ele se sentia culpado por isso ter acontecido de um jeito tão trágico com a Miley. Não era para isso acontecer!, pensou indignado.

Fechou os olhos ao se lembrar do seu filho. Nick desabaria se soubesse. Ele não queria que Nicholas se envolvesse mais uma vez com aquela garota perdida, mas isso já seria demais para o psicológico dele. Agradeceu silenciosamente por seu caçula estar a caminho agora mesmo do jatinho particular que partiria para Itália. Talvez ele não fique sabendo tão cedo, pensou Paul com esperanças. Essa viagem está acontecendo no momento certo.

Não me matem, por favor! kkkkkkkk Vamos lembrar que vai ter segunda temporada, e para ter segunda temporada, precisamos essencialmente da Miley e do Nick ;D Ou seja, ela não morreu. Ou talvez o fantasma dela irá protagonizar a segunda temporada, talvez... kkkkkkkk Brincadeirinha. Sou má, mas nem tanto! Gente, por favor, estou no final da temporada, eu gostaria MUITO, muito mesmo, de ver mais comentários por aqui. Vocês não tem noção do sacrifício que tive (e terei) para escrever esse finalzinho. Eu simplesmete travo em algumas cenas, mas aí eu lembro que vocês estão lá me esperando para ler mais um capítulo. É isso que me motiva. Então, leitoras fantasmas, apareçam aí porfavorzinho! Podem até comentar em anônimo, eu não ligo. Mas que seja um sinalzinho de interesse e opinião sobre a fic, ok? :)
Estão animadas pro capítulo final?
Obrigada desde já pelos comentários do capítulo anterior! Espero que tenham gostado!
Beijos!